INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza testes rápidos para a detecção de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). Dentre elas, sua aplicabilidade é responsável pela identificação precoce de casos de sífilis, uma IST considerada um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde, no qual identificou mais de 122 mil casos novos entre janeiro e junho de 2022. Apesar de evitável e haver tratamento para a sífilis, ela pode progredir para manifestações clínicas graves. OBJETIVO: Analisar a importância da aplicação dos testes rápidos para a identificação dos casos de sífilis na atenção primária. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, desenvolvido no período de março à junho de 2023, por discentes do nono período da Graduação de Enfermagem durante o estágio obrigatório em uma Unidade de Saúde da Família no Nordeste do Brasil. RESULTADOS: Foram analisados os testes rápidos para detecção de IST’S realizados durante as consultas de rotina da Enfermagem, consultas de Pré-Natal e demanda espontânea. De 217 testes rápidos realizados para sífilis em homens e mulheres, houveram 25 casos reagentes, dentre estes 9 eram gestantes. Após o rastreio dos testes positivos para sífilis, o paciente era orientado sobre o tratamento adequado, bem como sobre as medidas de prevenção de disseminação e quanto à importância da testagem do parceiro (a). Em seguida era solicitado o teste não treponêmico (VDRL) e a notificação dos casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A prescrição medicamentosa era realizada pelo(a) médico(a) por meio do atendimento compartilhado, visto que os enfermeiros da unidade se resguardavam, ainda que estejam respaldados em protocolos e uma nota técnica do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) de 2017. CONCLUSÃO: Através do estudo foi possível analisar a importância da aplicabilidade dos testes rápidos para detecção de sífilis, na qual se mostrou uma estratégia eficaz e viável para a prevenção, identificação precoce e o tratamento adequado da doença. Entretanto, existe receio por parte dos profissionais de Enfermagem para prescrever o tratamento medicamentoso.