INTRODUÇÃO: O Grupo CONVIVER nasce da acentuada demanda no CAPS INFANTOJUVENIL no município de Santo André para avaliação e cuidado às crianças de até 06 anos de idade, com prejuízos no desenvolvimento psicomotor. Com o objetivo de potencializar práticas em conformidade com a reforma psiquiátrica, em rede e na comunidade, a enfermagem buscou repensar modelos e práticas integradas, evitando-se a restrição de práticas na lógica diagnóstica e nos espaços exclusivos das salas do serviço. OBJETIVO: Observar, identificar, compreender e estimular as potencialidades, a fim de promover independência, autonomia e relações sociais da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e/ou comprometimento grave na área do desenvolvimento psicossocial, numa abordagem interdisciplinar em espaços comunitários e territoriais do município de Santo André. Possibilitar aos responsáveis outros modos de relação, convivência com suas crianças. METODOLOGIA: Realização do Grupo CONVIVER, semanalmente, com crianças na faixa etária até 6 anos de idade e seus familiares e/ou responsáveis. O perfil das crianças apresenta característica de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. O local do encontro trata-se de algum espaço específico no território, na comunidade. RESULTADOS: A aplicabilidade e desenvolvimento das interações realizadas pela equipe com os pequenos usuários fora do âmbito do serviço institucional, tem-se apresentado de grande potência. As ações de cuidado baseiam-se na reabilitação psicossocial, em modelos de intervenções comportamentais, psicomotoras, de forma lúdica com abordagem de integração sensorial, destaque a promoção e prevenção da saúde, ampliando-se e fortalecendo a convivência familiar e comunitária, considerando a diversidade de características sintomatológicas e suas etiologias. Ao ocupar espaços da cidade, os familiares e/ou responsáveis conseguem averiguar que os filhos podem ter outras interações, comportamentos, relações vinculares diferentes das apresentadas como negativas ou disruptivas. Aprendem os manejos e abordagens em situações de crise ou pequenas situações conflitantes. CONSIDERAÇÕES: O presente trabalho apresentou as possibilidades de intervenções da enfermagem no campo da saúde mental infantojuvenil, com contribuições potentes para o cuidado psicossocial de crianças e seus responsáveis, através do cuidado em liberdade com base territorial, compromisso e responsabilidade com desenvolvimento deste público.