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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
COMPORTAMENTOS DE RISCO PARA INFECÇÃO PELO HIV EM ADULTOS ATENDIDOS EM CENTRO DE TESTAGEM DURANTE A PANDEMIA
Relatoria:
YROAN PAULA LANDIM
Autores:
  • Marcelo Leite Viana
  • Italo Hugo Almeida Antero
  • Geovana Andressa Mendes de Sousa
  • Marcus Vinicius Pereira de Sousa
  • Maria Aparecida Alves de Oliveira Serra
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda é um desafio à saúde (OPAS/OMS, 2019). A pandemia de COVID- 19 agravou mais ainda esse cenário, visto que as restrições de acesso ao serviço e falhas na abordagem comportamental contribuíram para o aumento dos fatores de risco da população durante a pandemia. Objetivo: Identificar os comportamentos de risco e associá-los a infecção pelo HIV em adultos durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com dados coletados em prontuários de usuários de um Centro de Testagem e Aconselhamento no nordeste do Brasil, atendidos entre janeiro e dezembro de 2020. Foram analisadas variáveis comportamentais, como uso de álcool e drogas ilícitas, presença de infecções sexualmente transmissíveis (IST), números de parceiros sexuais, uso e acesso ao preservativo nos últimos seis meses. Fichas com dados incompletos, sem resultado do exame laboratorial para HIV ou com resultado inconclusivo foram excluídas. Os dados foram analisados no software SPSS 22.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, parecer nº 5.978.050. Resultados: Durante o ano de 2020 foram testadas 596 pessoas no primeiro semestre e 273 no segundo semestre, sendo que 41 (6,9%) foram infectadas com o vírus HIV no primeiro semestre e 31 (11,4%) no segundo. Entre os pacientes infectados pelo HIV, 40,3% relataram uso de álcool, 68,0% fizeram uso de droga ilícita nos últimos 6 meses. Além disso, 27,8% afirmaram ter contraído alguma IST nos últimos 6 meses, 52,8% tinham múltiplos parceiros sexuais, 79,2% não usaram preservativo com parceiros fixos ou casuais (66,7%) e 91,7% relataram não ter acesso ao preservativo pelos serviços de saúde. Observou-se que pessoas testadas no primeiro semestre de 2020 apresentaram menor chance de infecção pelo HIV em relação ao segundo (p<0,02; RC=0,57; IC=0,35-0,94). A chance de infecção pelo HIV por pessoas com acesso ao preservativo foi inferior às que não tiveram (p<0,001; RC=0,15; IC=0,06-0,36). Conclusão: Evidenciou-se que os comportamentos de risco mais frequentes foram a dificuldade de acesso ao preservativo e sua não utilização em parcerias sexuais fixas, uso de álcool e drogas ilícitas. A quarentena como medida de prevenção da COVID-19, mais rígida no segundo semestre do ano de 2020 e a dificuldade de acesso ao preservativo estavam relacionados à maior vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV.