Introdução: Para avaliação da cena de um evento em emergência, deve-se levar em consideração os fatores relacionados aos riscos físicos, biológicos ou ambientais que influenciarão a tomada de decisão quanto ao acesso ao paciente e sua assistência imediata. Objetivo: Relatar a experiência sobre um incidente de violência sofrido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mediante a um atendimento a uma vítima com ferimento por arma de fogo, destacando a importância da avaliação da CENA no pré-hospitalar. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre um incidente de violência sofrida por uma equipe do SAMU mediante a um atendimento a uma vítima com ferimento por arma de fogo. Durante um plantão noturno uma viatura de suporte avançado de vida do SAMU tripulado por 4 profissionais de saúde (médico, enfermeira, condutor e técnica de enfermagem), foram acionados pela regulação médica do SAMU de Teresina-PI para atender uma ocorrência em via pública se tratando de um caso de ferimento por arma de fogo (FAF) em tórax. Resultado: A avaliação preliminar da segurança da cena deve iniciar durante o deslocamento para a ocorrência, baseada nas informações recebidas na chamada. Essa avaliação deve considerar a necessidade de acionamento de outros serviços de emergência da área de segurança pública, como policiais e bombeiros. Uma cena inicialmente considerada segura para entrada da equipe pode mudar rapidamente, e todos os socorristas devem estar preparados para seguir os passos adequados para continuar garantindo sua segurança em caso de mudança na situação. Avaliar a cena inicialmente sem reavalia-la quanto a mudanças posteriores pode resultar em consequências graves para os socorristas e para a vítima. Conclusão: Garantir a segurança na cena no atendimento pré-hospitalar é resultado de uma somatória de ações. Portanto, é necessário garantir a segurança do socorrista e das vítimas na cena antes de proceder à avaliação do doente e seu tratamento, controlando os riscos potenciais.