Introdução: A Lesão Renal (LR) é definida como a perda ou redução das funções renais, sendo classificada como Lesão Renal Aguda (LRA) e Doença Renal Crônica (DRC). A LRA é a forma súbita e reversível do comprometimento da função renal e a DRC é caracterizada pela perda gradual do funcionamento dos rins ao longo do tempo. O número de indivíduos acometidos vem chamando atenção pela grande incidência, tornando-se um problema de saúde pública. Objetivo: Analisar a mortalidade por residência da LRA e DRC em todas as regiões do Brasil no período compreendido entre 2011 a 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo de natureza descritiva, realizado por meio da coleta de dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A população é composta de pacientes de ambos os sexos, que tenham evoluído a óbito por LRA ou DRC, no Brasil, entre 2011 e 2021. Realizou-se a análise descritiva simples dos dados, bem como o cálculo de frequências absolutas e relativas. Este tipo de estudo dispensa aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de dados de domínio público. Resultados: No período do estudo, foram notificados o total de 159.204 óbitos provenientes de LRA e DRC. Deste valor, a faixa etária de 80 anos ou mais obteve o maior número de casos com 36,34% (N= 57,868). Quanto às regiões, destaca-se a Sudeste como predominante com 46,6% (N= 74.248), em seguida a Nordeste com 24,3% (N= 38.712). No que tange ao sexo, evidencia-se o sexo masculino com maior número registrado de 56,7% (N= 90.303), enquanto o feminino 43,3% (N= 68,901). Em relação aos óbitos por ano, pontua-se que houve um aumento gradativo até o ano de 2016, com leve declínio entre anos de 2017 e 2020, todavia, foi registrado o maior número de casos em 2021 com 11,3% (N= 18.013). Considerações finais: Desse modo, observa-se que idosos de 80 anos ou mais apresentam a maior taxa de mortalidade por residência, a região Sudeste, o sexo masculino e o ano de 2021 foram os predominantes. Os resultados deste estudo apontam o grande número de mortes por Lesão Renal. Logo, é necessário intervenções por meio de políticas públicas, as quais possam direcionar o planejamento preventivo e terapêutico para pacientes com LR.