O vírus da família Papillomaviridae, conhecido popularmente como HPV, ocasiona lesões cutâneas mucosas transmitidas através de relações sexuais diretas. A infecção, na maioria das pessoas, não produz manifestação, porém em outras apresenta lesões polimórficas chamadas de condilomas acuminado. O tratamento tem o objetivo de destruir as verrugas anogenitais, de maneira individualizada, exigindo recursos materiais e experiência profissional. A elaboração de protocolos padronizam critérios para diagnósticos de infecções/doenças e tratamento preconizado, sendo imprescindível para os atendimentos dos pacientes. O objetivo deste estudo é relatar a experiência de pós-graduandos durante a elaboração de um protocolo de atendimento às pessoas com lesões condilomatosas. Trata-se de um relato de experiência sobre a construção de um protocolo clínico de um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do estado de Mato Grosso. Realizado por residentes/tutora da residência multiprofissional em saúde do adulto e idoso e enfermeiras que trabalham no local, nos meses de dezembro/2022 a abril/2023. Para construção, fez-se uma revisão da literatura nas bases de dados Lilacs e Medline, e utilizou-se o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) do Ministério da Saúde. Posteriormente, foi elaborado um fluxograma de atendimento do serviço, um roteiro de consulta de enfermagem e, por último, a adaptação da ficha de atendimento às IST. Durante a construção, percebeu-se divergências de condutas adotadas pelas enfermeiras, as quais foram discutidas e alinhadas. Duas oficinas foram realizadas, visando discutir e validar as informações do protocolo. Destaca-se a produção da ficha de atendimento ilustrada, que traz a definição dos diagnósticos de enfermagem, condutas e evolução dos atendimentos, no modelo: Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano - SOAP. Por se tratar de um serviço que possui uma equipe multiprofissional, foi discutida a forma como cada categoria poderia auxiliar na assistência aos pacientes portadores de lesões de HPV, e ainda os casos a serem encaminhados aos serviços de referência. Relatou-se a vivência de elaboração de um protocolo, que por sua vez trouxe direcionamento e respaldo para os profissionais que fazem o atendimento no SAE, auxiliando na efetividade e integralidade da assistência. As necessidades do serviço foram identificadas e ajustadas, tornando-se viável a sua implantação.