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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
TENDÊNCIA TEMPORAL E ANÁLISE ESPACIAL DA INCIDÊNCIA DE FEBRE MACULOSA NO BRASIL ENTRE 2007 E 2021.
Relatoria:
Thelly Carolaine Matos Campos
Autores:
  • Guilherme Reis de Santana Santos
  • Lays Jane Nascimento Dantas
  • Glebson Moura Silva
  • Lucas Almeida Andrade
  • Allan Dantas dos Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Estudo de caso
Resumo:
Introdução: A febre maculosa (FM), também denominada riquetsiose, é uma doença infecciosa de origem zoonótica e com patógeno viral que é transmitida principalmente por intermédio da picada de carrapatos do gênero Amblyomma que foram infectados por bactérias do gênero Rickettsias. A FM é uma doença com sintomas iniciais inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico e tratamento rápidos e contribui com a piora do prognóstico. Objetivo: Analisar a tendência temporal e a distribuição espacial da incidência de febre maculosa nos municípios brasileiros durante o período de 2007 a 2021. Método: Estudo ecológico, analítico, de série temporal e com técnicas de análise espacial. Inicialmente, foram analisados os aspectos epidemiológicos dos casos de febre maculosa, utilizando os dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/MS). As tendências temporais foram avaliadas por meio do modelo de regressão log-linear segmentada usando o Joinpoint Regression Program, versão 4.7.0.0, de acordo com as taxas de incidência calculadas por sexo e população geral dos estados e regiões brasileiras. A distribuição espacial foi analisada pelo Estimador Bayesiano Empírico Local e pelos cálculos dos Índices de Moran Global e Local. Clusters espaço-temporais foram identificados por meio de estatísticas de varredura, usando o Método Kulldorf de análise retrospectiva. Resultados: Foram confirmados 2.542 casos de febre maculosa no Brasil, sendo 1.785 (70,22%) do sexo masculino e 757 (29,78%) eram do sexo feminino durante o período analisado. A maioria dos casos foram registrados nas regiões sudeste 1.824 (71,75%) e sul 634 (24,94%). A faixa etária com o maior número de casos (64,87%) foi de 20-59 anos, da raça/cor branca 1.572 (61,84%). A evolução para a cura da doença ocorreu em 1.533 (60,31%) dos casos e 841 (33,08%) casos evoluíram para óbito. A tendência temporal foi crescente para o Brasil (APC=5.6; p=0,001) e para as regiões Nordeste (APC=11.7; p=0,001), Sul (APC=3.7; p=0.001) e Sudeste (APC=5.8; p=0,001). A análise espacial reportou autocorrelação espacial positiva (I=0.3,p=0.001), com concentração de casos e áreas de risco principalmente em municípios das regiões sudeste e sul. Conclusão: Os dados indicam uma transmissão ativa e crescente da febre maculosa no Brasil e a região sudeste ainda persiste como a região brasileira com o maior número de casos registrados da doença.