Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PROTAGONISMO DE ACADÊMICOS NA PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO ACERCA DAS ESPECIFICIDADES DO CUIDADO À POPULAÇÃO TRANS
Relatoria:
Joabe Balestre Jose
Autores:
- Gabriela Neves Cardoso
- Bárbara Bachiega dos Santos
- Alana Caroline Czaika
- Solange de Fátima Reis Conterno
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A exclusão social à qual pessoas transexuais estão submetidas obstaculiza o acesso e a permanência delas aos serviços de saúde, principalmente na Atenção Primária à Saúde. Diante dessa problemática emerge a necessidade de abordar o assunto durante a formação dos profissionais de saúde. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem ao ministrarem dois minicursos com a temática relacionada à assistência à saúde da população transexual. Metodologia: Foram realizados dois minicursos, o primeiro em 30 de março de 2023, no qual acadêmicos de cursos da saúde foram o público alvo e, o segundo, no dia 18 de maio de 2023, tendo como público alvo alunos do curso Técnico em Enfermagem. A atividade foi realizada de maneira presencial, utilizando-se da metodologia expositiva dialogada com o auxílio de slides e vídeos previamente selecionados. Os conteúdos abordados foram: gênero e sexualidade, diversidade sexual, história do movimento LGBTQIAP+, políticas públicas voltadas à população transexual, perfil da população trans, agravos de saúde mais comuns à população trans e atuação dos profissionais de saúde no acolhimento e atendimento à população transexual. Resultados: Ao total, 35 pessoas participaram. No primeiro minicurso houve uma diversidade de público, contando com acadêmicos de medicina, enfermagem, serviço social e nutrição, com faixa etária média de 22 anos, já no segundo todos eram alunos do técnico em enfermagem, do 1º ao 4º período, com idades variando entre 18 e 55 anos. A familiaridade com o tema diversidade sexual foi perceptível entre os participantes da primeira atividade, o oposto do segundo grupo que possuía dúvidas acerca da sigla LGBTQIAP+ e conceitos de gênero e sexualidade. No primeiro grupo houve uma preocupação maior em entender o papel da sua profissão no atendimento à população trans, demonstrando insegurança e embasamento científico limitado acerca das necessidades da população, já o segundo grupo procurou compreender as facetas da diversidade sexual, pouco ligado ao exercício profissional. Conclusão: Observa-se que as diferenças de conhecimento prévio acerca da população transexual estão intrinsecamente ligadas à idade e ao nível de escolarização, todavia, por se tratarem de futuros profissionais de saúde, todos demonstraram seriedade e interesse em aprender sobre essa demanda. Ressalta-se a importância de abordar o conteúdo nos currículos de cursos da saúde desde o nível técnico.