Introdução: A Síndrome de HELLP, patologia descrita pela primeira vez em 1982, pode ser definida como uma das emergências hipertensivas mais recorrentes durante o período gestacional. Notadamente, o recorte epidemiológico da doença aponta para a relevância nos índices de morbimortalidade durante o período perinatal. No contexto assistencial, a tecnologia leve-dura colabora para aprimorar a práxis em Enfermagem e transmissão de conhecimentos baseados em evidências. Objetivo: Evidenciar os benefícios da aplicação de tecnologia leve-dura às gestantes acometidas pela Síndrome de HELLP na Atenção Primária. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão integrativa da literatura. A análise de dados foi proveniente da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) através das bases de dados LILACS e MedLine, por meio dos seguintes descritores: “Síndrome HELLP”, “Tecnologia Leve-Dura”, “Atenção Primária” e “Saúde Materno-Infantil” combinados entre si pelo operador booleano AND. A partir da busca inicial, ocorrida no mês de julho de 2023, foram encontrados 1.132 estudos dos últimos 5 anos. Resultados: Dos 10 estudos selecionados, depreende-se que a adequada sistematização da assistência aliada a tecnologia torna possível o manejo da condição de HELLP, reduzindo complicações. No exercício do atendimento de Enfermagem, a atenção especial deve ser direcionada às pacientes normotensas que evoluem para quadros de pré-eclâmpsia e eclâmpsia, principalmente se apresentarem, em adição, quadros de cefaleias intensas, sangramento, excesso de peso, dispneia e episódios de vômito. Com isso, a utilização da tecnologia leve-dura é imprescindível ao monitoramento na medida que contribuem para educação continuada, impactando diretamente no autocuidado. Além de potencializar o vínculo entre profissional e gestante, complementa o plano de cuidados através da capacitação em rodas de conversas, apoio e orientações frente a fatores modificáveis, como o estilo de vida. Por conseguinte, estimula-se o empoderamento da mulher ao tempo em que também se proporciona a comunicação aberta com o enfermeiro, fazendo com que haja maior atenção a quaisquer novos sinais de alerta para que possa se direcionar a uma Unidade Básica de Saúde. Considerações Finais: Os melhores desfechos obstétricos diante da Síndrome de HELLP apontam para os benefícios da inserção de tecnologia leve-dura pelo enfermeiro como estratégia de acompanhamento visando minimizar os impactos à saúde materno-infantil.