Introdução: A pandemia de Covid-19 impactou a assistência a saúde de grupos considerados vulneráveis, dentre eles as mulheres no ciclo gravídico. A parturição deve basear-se em respeito e cuidado impactando positivamente no desfecho do parto, onde a atuação do Enfermeiro oferece proteção ao binômio mãe-filho. Objetivo: Caracterizar a assistência prestada durante o pré-parto e trabalho de parto e a utilização dos métodos não farmacológicos para alívio da dor durante a pandemia de Covid-19. Método: Estudo multicêntrico, retrospectivo, quantitativo, realizado com 72 puérperas que tiveram seus filhos entre outubro e dezembro de 2021 em um Hospital Universitário Materno-Infantil da Terceira Regional de Saúde do Paraná. A coleta de dados se deu por meio do prontuário, consulta na carteira da criança e da gestante, ligação telefônica, com aplicação de um questionário estruturante sobre o pré-natal, pré-parto, e acompanhamento da puérpera e recém-nascido durante a pandemia do Covid-19. Resultados e discussão: A amostra foi composta majoritariamente por mulheres brancas (75%), de idade média de 26 anos, com cônjuge (90,3%), ensino médio completo (35,6%), e renda familiar média de dois salários mínimos (28,9%). As medidas de prevenção contra a Covid19 foram mantidas (95,8%), a estratificação de risco mais prevalente foi a habitual (63,4%), houve alimentação no trabalho de parto (TP) (37,5%), com presença do acompanhante (95,8%) e 50% relatou ter utilizado um ou mais métodos não farmacológicos. O tipo de parto mais desejado foi o normal (70,8%,) sendo que aquelas que utilizaram algum método evoluíram para tal (64,3%) (p<0,016). O período gestacional traz consigo mudanças significativas e singulares à cada mulher, estas, exteriorizadas no momento do acolhimento para o parto. As modificações físicas e sentimentais se fazem muito presentes nesse momento, onde há destaque para a atuação da Enfermagem como um alicerce a mulher no ciclo gravídico. Neste processo estão abrangidos e considerados os aspectos socioeconômicos, socioculturais e biológicos onde cada mulher apresenta suas particularidades e a assistência prestada deve considera-las, envolvendo-as ativamente no seguimento de seu parto. Conclusão: A pandemia acarretou em mudanças na assistência a mulher no trabalho de parto, devendo considerar os aspectos biopsicossociais da parturiente, onde os métodos não farmacológicos também apresentam relevância no período de parturição.