INTRODUÇÃO: A oferta de serviços de saúde por meio de pagamento direto é regida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por controlar, fiscalizar e normatizar as atividades relacionadas à Assistência Privada à Saúde no Brasil. Assim como os serviços públicos, a acesso a serviços de saúde por meio de planos privados ainda encontra dificuldades de diversas naturezas. OBJETIVO: Comparar a distribuição da cobertura de planos de saúde médico no Brasil, nos anos de 2013 e 2019. MÉTODOS: Estudo com delineamento transversal, de abordagem quantitativa, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) ocorrida nos anos de 2013 e 2019. Os dados foram coletados do painel de indicadores da PNS elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Todos os dados estão disponíveis no site do repositório de acesso livre. As análises foram realizadas a partir de estatística descritiva. RESULTADOS: No ano de 2013 apenas 24,6% da população possuía plano de saúde médico, em 2019 esse percentual cresceu para 26%, representando um aumento de 1,4% em 6 anos. Dentre as grandes regiões analisadas, a região Norte do país apresentou um percentual de 10,7% no ano de 2013, já no levantamento de 2019 esse número cresceu para 13,0%, apresentando um aumento de 2,3%, demonstrando o crescimento mais expressivo em relação às outras regiões. O Nordeste do país apresentou um crescimento de 0,8%, subindo de 13,3% em 2013 para 14,1% em 2019. A região Centro-Oeste apresentou crescimento de 0,3%, o menor em relação às demais regiões, com 26,1% em 2013 e 26,4% no ano de 2019. O Sul do país apresentou 29,1% em 2013 e 30,5% no levantamento de 2019, um acréscimo de 1,4%. Por fim, a região Sudeste demonstra um aumento de 1,9%, passando de 33,0% para 34,9% em 2019. CONCLUSÃO: As distribuições da cobertura do plano de saúde médico a Região Norte apresentou o maior aumento em relação às demais regiões, mas ainda continua com a menor taxa de cobertura do país. A região Sudeste mantém as maiores taxas de cobertura nos 2 períodos avaliados. Os resultados apresentados reforçam a importância do fortalecimento do Sistema Único de Saúde, visto que 74% da população brasileira depende do SUS para atendimento de saúde.