Introdução: O presenteísmo consiste na presença do indivíduo no seu local de trabalho mesmo quando seu estado de saúde está fragilizado e/ou alguma doenças está em curso com repercussão na sua produtividade. Assim, estudantes de enfermagem tendem a estar presentes em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão mesmo quando indispostos ou adoecidos, considerando o impacto de sua ausência física no seu desempenho formativo. Objetivo: Analisar o presenteísmo em acadêmicos de enfermagem de uma universidade pública cearense. Método: Estudo transversal, operacionalizado entre junho e agosto de 2023, com a participação de 142 discentes de graduação em enfermagem de uma universidade pública do centro-sul do Ceará. Os dados foram coletados por meio de um questionário composto por 1) questões sociodemográficas e acadêmicas e 2) Escala presenteísmo (SPS-6). Os dados foram analisados segundo estatística descritiva e inferencial bivariada por meio do SPSS versão 25. O estudo foi aprovado por meio do parecer 5.459.126 do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional do Cariri. Resultados e Discussão: Os acadêmicos de enfermagem tinham idade média de 20,5 anos (±2,0) e eram em sua maioria do sexo feminino (79,6%; 113). Os participantes apresentaram índice de presenteísmo médio de 17,35 (±4,29) e mediana 17. A maioria dos participantes afirmou sentir-se sem ânimo para terminar algumas tarefas na universidade devido a algum problema de saúde (64%; 91). De modo semelhante, 72,6% (103) dos acadêmicos apontaram não conseguir terminar tarefas difíceis na universidade por conta de um problema de saúde. Não se identificou significância estatística entre a presença de presenteísmo e as variáveis sociodemográficas e acadêmicas. Entretanto, observou-se maior frequência dessa condição em estudantes do sexo masculino (75,9%), raça/cor branca (71,4%), sem religião (69%), separados/divorciados (100%), que não trabalham (63%) e que tem bolsa de extensão (83,3%). Conclusão: A abordagem ao presenteísmo é relevante para minimizar problemas como estresse, esgotamento e exaustão, todos relacionados a ocorrências de transtornos mentais comuns, comprometimento laboral e diminuição da produtividade. A impulsão de universidade promotoras de saúde pode contribuir com a superação dessa problemática.