Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
MORTALIDADE DE PACIENTES HIV POSITIVO COINFECTADOS COM SARS-COV-2
Relatoria:
THAYNARA TRAVASSOS PAZ DE FREITAS
Autores:
- Milton Cezar Compagnon
- Ana Alice dos Santos Lima
- Marcos Vinicius José Cardoso de Melo
- Jéssica Maria da Silva Buarque
- André Alexandre da Cruz Junior
- Maria Eduarda Marques Machado da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A coinfecção do vírus SARS-COV-2 em portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem potencial para o aumento da gravidade clínica destes pacientes. Isto ocorre porque a imunossupressão em pacientes HIV positivo é progressiva e extremamente complexa, devido aos efeitos da viremia nos segmentos do sistema imunológico. Diante disso, vários estudos têm buscado identificar os impactos da imunossupressão em pacientes com COVID-19. Evidências clínicas têm demonstrado maior complexidade no manejo destes pacientes, além de desfechos nada favoráveis que vão de sequelas graves após recuperação e óbito. Objetivo: Avaliar o aumento da mortalidade de pacientes HIV positivo coinfectados por SARS-CoV-2. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada no ano de 2023 a fim de embasar as discussões sobre métodos e resultados de pesquisas. Esse estudo teve como pergunta condutora: "Há evidências do aumento das taxas de mortalidade em pacientes HIV positivo coinfectados com SARS-COV-2?". Foram incluídos estudos produzidos entre 2020 a 2023 com as temáticas COVID-19 e HIV positivo nos idiomas português, inglês e espanhol. As bases de dados usadas foram LILACS, PUBMED e SCIELO com auxílio de um administrador de referências chamado Rayyan. A partir do levantamento de dados foram selecionados 1236 artigos, destes, apenas 4 atenderam aos critérios de inclusão desta revisão e responderam à pergunta condutora. Resultados: Como resultados da pesquisa, a correlação direta entre portadores de HIV infectados pelo SARS-COV-2 vem sendo evidenciada quando comparados dados de 2020-2022, os quais confirmam a teoria apresentada, indicando quadros graves para pacientes coinfectados. Apesar da redução do número de diagnósticos de HIV/Aids durante a pandemia em mais de 65%, apresenta-se como o perfil de maior caso de notificações o sexo masculino e adultos jovens de 30-34 anos. Observou-se, ainda, estudos que traziam a poliquimioterapia usada por HIV positivos como possível ação contra o vírus da COVID-19, fato que torna-se questionável a partir da presença de dados que apontam maior fragilidade dos mesmos. Conclusão: Todas as evidências encontradas nos estudos avaliados demonstraram que houve aumento da letalidade em pacientes HIV positivo infectados pelo SARS-COV-2. A imunossupressão parece ter sido um dos fatores determinantes no aumento de complicações graves relacionadas a COVID-19.