Introdução: O óbito fetal possui enorme impacto nas famílias que os vivenciam. Durante e após a perda, o cuidado de forma individualizada e qualificada é primordial nesse processo, embora exista falha nos serviços. A enfermagem desempenha um importante papel no cuidado desses pais e na forma que iram lidar com a perda e o luto. objetivo: Enfatizar a importância do profissional de enfermagem no processo de luto dos pais durante e após o óbito fetal. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura que utilizou a Biblioteca Virtual de Saúde, através das bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF. Foram selecionados artigos completos, em português, inglês e espanhol, com recorte temporal de 5 anos utilizando os descritores Óbito fetal, Cuidado Pré-natal, Cuidado de Enfermagem e o operador booleano AND. Inicialmente obteve-se um total de 263 estudos, que após a leitura na íntegra escolheram-se sete artigos. Resultados: Os estudos foram realizados no Brasil, Austrália, Estados Unidos e Canadá, tendo como ano de publicação mais prevalente o ano de 2018 e apenas um estudo no ano de 2023. Foi evidenciado a negligência da equipe, principalmente com a mãe no que diz respeito ao tempo de espera para o diagnóstico e a falta de informações ofertadas a família sobre os procedimentos. O cuidado ao luto é um trabalho exigente e difícil para a equipe de enfermagem, que muitas vezes lida com demandas conflitantes e recursos limitados. A falta de diretrizes clínicas claras pode complicar a prestação de cuidados qualificados e compassivos, assim como a falta de treinamento formal para a maioria dos profissionais. A sociedade tende a minimizar o luto quando a perda ocorre no primeiro trimestre da gestação, isto acaba contribuindo para que as mulheres entrem em quadros de depressão após a perda. A enfermagem desempenha importante papel para as famílias que decidem engravidar novamente após a experiência do óbito fetal, com isso, durante uma nova gravidez as famílias requerem uma atenção e escuta mais qualificada. Considerações finais: Os profissionais de enfermagem podem influenciar positivamente a experiência da perda, reconhecendo o seu impacto, fornecendo cuidado compassivo, usando linguagem sensível e apoio físico e mental, minimizando a incerteza e o isolamento, trabalhando com sensibilidade em uma variedade de ambientes físicos que muitas vezes não são projetados para experiência da perda. A educação profissional deve ser prioritariamente fortalecida diante desse contexto.