Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
OFICINA SOBRE IST:EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS EM ATIVIDADE PARA PROFISSIONAIS QUE ASSISTEM TRABALHADORAS DO SEXO
Relatoria:
Débora Raquel Freires Ribeiro
Autores:
- Ângela Maria Silva Souza
- Edvaldo Marques de Araújo
- João Paulo Rodrigues Santana
- Lucineide Santos Silva Viana
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Desde os primórdios, a prostituição feminina tem sido caracterizada pela marginalização e estigmatização. O trabalho dessa população tende a ampliar a vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ratificando a necessidade de ações de formação e/ou atualização para profissionais que atuam junto a essas mulheres, como as Organizações Não Governamentais (ONG). OBJETIVO: Executar oficina de atualização em IST para profissionais de uma ONG que atuam com trabalhadoras do sexo em Juazeiro-BA. METODOLOGIA: O estudo foi realizado em novembro de 2022 junto a uma ONG que atua há mais de 40 anos com ações para promoção a saúde, assistência social, psicológica e de enfrentamento das violações de direitos. Trabalham na instituição sete profissionais celetistas. A atividade foi desenvolvida em 3 etapas. 1) Discussão entre profissionais da ONG, discentes e docente para definição de tema prioritário para formação; 2) Oficinas de discussão sobre IST, prostituição e construção da atividade formativa para profissionais da ONG entre discentes e docente; 3) Execução e avaliação da atividade. RESULTADOS: A atividade foi realizada no formato de oficina com o apoio de recursos audiovisuais e lúdicos com a participação de 5 acadêmicos, 1 docente e 5 profissionais da ONG que relataram suas vivências durante a assistência às mulheres com suspeita ou confirmação de IST. Durante 4 horas foram discutidos aspectos clínicos, diagnósticos, tratamento e prevenção de ISTs que provocam úlceras anogenitais, corrimento vaginais, hepatites e AIDS. As profissionais relataram que há recusa de algumas trabalhadoras do sexo para o uso de preservativos no sexo oral e em alguns programas em que o cliente oferece maior retorno financeiro para sexo desprotegido. Além disso, sinalizaram facilidades para a execução de testes rápidos e acesso ao Centro de Referência para IST/AIDS do município. As profissionais avaliaram positivamente a atividade e sugeriram novos encontros para discutir outras temáticas. CONCLUSÃO: A construção e execução da oficina possibilitou aos discentes refletir acerca do contexto de vulnerabilidade na qual mulheres em situação de prostituição estão inseridas, sujeitas a doenças sexuais e diferentes tipos de violências. Tal aprendizado que reforçou a importância de uma assistência empática e livre de quaisquer julgamentos e preconceitos.