O câncer apresenta-se de maneira complexa e prevalente na população idosa. O envelhecimento muitas vezes traz consigo diversas comorbidades, transformações físicas e desafios emocionais, que podem ser exacerbados durante o tratamento oncológico e seus efeitos colaterais. Dentre os obstáculos enfrentados por pacientes idosos em tratamento para o câncer, a fadiga emerge como uma condição frequente e debilitante, capaz de impactar significativamente a qualidade de vida e limitar a funcionalidade diária. Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel fundamental na redução dos impactos da fadiga e na promoção do bem-estar geral. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar a presença de fadiga em idosos que passam por tratamento oncológico. Foi conduzida uma pesquisa transversal que envolveu 139 participantes, todos com 60 anos de idade ou mais, já diagnosticados com câncer e submetidos a um tratamento de no mínimo um mês. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais, empregando um questionário semiestruturado para obter informações sociodemográficas e detalhes específicos sobre o tratamento oncológico. Além disso, a escala EORTC QLQ-FA 13 foi utilizada para avaliar a presença de fadiga relacionada ao câncer. Esclarece-se que todas as etapas desse projeto foram devidamente aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba, com o parecer nº 2.782.097. Os resultados revelaram que a maioria dos participantes relatou experimentar fadiga, sendo a dimensão física a mais comprometida. As descobertas oriundas deste estudo oferecem embasamento para aprimorar a assistência à saúde de idosos em tratamento oncológico, particularmente no que se refere ao papel crucial dos enfermeiros na abordagem dos sintomas de fadiga manifestados pelos pacientes. O cuidado de enfermagem nesse contexto pode englobar a monitorização holística da fadiga, a gestão e tratamento de sintomas correlatos, além do fornecimento de informações e suporte emocional de maneira abrangente.