O processo de hospitalização é freqüentemente marcado por uma combinação de anseios e medos, sensação de insegurança e desconforto para a criança e para a família, em especial para os pais, a mudança na rotina gera desconfiança e alto nível de estresse. Por outro lado, sob a ótica da Política Nacional de Humanização (PNH), humanizar significa inicialmente valorizar os sujeitos envolvidos (criança, família, equipe de saúde) e, por meio do acolhimento, enfatizar a escuta atenta, desenvolver a capacidade de empatia, oferecer apoio, identificar as queixas, e estabelecer vínculos. Buscando ampliar os saberes e dar suporte à prática da enfermagem pediátrica, o presente estudo objetivou apresentar o relato de experiência de uma criança com diagnóstico de Distrofia Muscular LAMA2 e oportunizar a reflexão crítica acerca do cuidado à criança hospitalizada, de forma a subsidiar a prática dos profissionais em uma assistência humanizada e lhes auxiliar na proposição de ações condizentes com a realidade da unidade pediátrica. A coleta de dados deu-se a partir da compilação de documentos disponibilizados de forma on-line na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) foram utilizados o conectivo de inclusão “and” e os descritores: Humanização, Enfermagem Pediátrica, Distrofia Muscular. Inicialmente foram encontrados 61 artigos, destes foram excluídos 49 artigos por não atenderem ao objetivo da pesquisa, restaram 12 artigos que foram analisados, e estudados para atender a provocação ao qual se levou a relatar essa experiência da rotina profissional. Assim, a humanização no cuidado tem sido um dos aspectos fundamentais da arte do cuidar e a transmissão de sentimentos a quem é cuidado através do toque, sons, cores e formas. Portanto, a habilidade do enfermeiro de se relacionar com o outro na relação transpessoal é traduzida através de movimentos, gestos, expressões faciais, procedimentos, toque, sons e expressões, transformando o cuidado. Este estudo possibilitou lançar um olhar crítico sobre as relações interpessoais em uma unidade de internação hospitalar, trazendo a importância da equipe de saúde ao utilizar estratégias de humanização hospitalar no atendimento à família e à criança hospitalizada, principalmente, os de longa permanência, e promovendo a satisfação dos sujeitos envolvidos.