LogoCofen
Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
A ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO INFANTIL COMO ESTRATÉGIA NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL EM UM MUNICÍPIO DO MA
Relatoria:
LUSIA DE FATIMA LUZ DE SOUSA
Autores:
  • CIMA MARIA JOVITA BEZERRA
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Os óbitos infantis de um país têm estreita relação com as condições de vida de uma sociedade e é um marcador sensível da assistência à saúde e do tempo decorrido para obtenção desta na sua integralidade; considera-se óbitos infantis aqueles ocorridos em menores de 1 ano de idade. A Região de Saúde de Timon é formada por 4 municípios e o município de Matões é um dos integrantes com uma população de 32.714 pessoas( IBGE) e cobertura de 100% da Estratégia Saúde da Família (ESF). A Planificação da Atenção Primária à Saúde (PAS) é uma ação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), apoiado pelo governo do Maranhão que utiliza metodologias catalizadoras na organização do processo de trabalho na Atenção Primária através de oficinas e aplicação de tecnologias leves . A estratificação de risco infantil é um instrumento abordado na metodologia da PAS, e tornou-se em Matões, uma estratégia utilizada em todas as consultas de puericultura como instrumento orientador no uso da Rede de Atenção à Saúde( RAS), intensificando as ações de assistência , com enfoque nas doenças prevalentes na infância e detecção precoce de agravos . Matões apresentava entre os anos de 2017 e 2019, curva ascendente de óbitos infantis, com números absolutos de 21, 22 e 23 óbitos em menores de 1 ano respectivamente. Em 2020, após 3 anos de aplicação efetiva da metodologia, ocorreu redução para 13 óbitos; em 2021 foram 18 óbitos, e em 2022 ocorreram10 óbitos infantis. OBJETIVO: Relacionar o uso do instrumento Estratificação de risco infantil com a redução da mortalidade e prevenção dos agravos em menores de um ano. MÉTODO: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, com base na observação dos registros de atendimento na Atenção Básica e indicadores de mortalidade infantil nos anos de 2017 a 2022. RESULTADOS: Diante da observação da não estratificação de risco das crianças nas consultas e relato dos profissionais sobre a dificuldade no manejo do instrumento; nós, enquanto tutores centrais, optamos por oficinas pedagógicas com todos os profissionais da ESF. Estes relataram que o foco nas consultas era na doença agudizada e a puericultura não era rotina nas equipes, decidiu-se então por criação de um protocolo padronizando essas consultas e o resgate dessas crianças desde o nascimento até o primeiro ano de vida mensalmente. CONCLUSÃO: O instrumento comprovou eficácia na vigilância do menor de um ano e a necessidade de uma politica permanente de educação em saúde .