Introdução: A educação sexual é uma temática essencial para o desenvolvimento saudável e consciente dos adolescentes, embora ainda enfrente estigma. Esse público, frequentemente desprovido de orientação familiar acerca das mudanças fisiológicas e psicológicas durante a puberdade, acaba tornando-se exposto a diversos riscos devido à falta de informações. Nesse sentido, os profissionais de enfermagem desempenham um papel crucial na educação em saúde, proporcionando conhecimento aos adolescentes e sensibilizando-os sobre assuntos pertinentes, a fim de torná-los capazes de compreender as transformações corporais, as relações sexuais, a violência sexual, os riscos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e de gravidez precoce. Objetivo: Apresentar a relevância da integralização entre saúde e educação no combate às gravidezes na adolescência, violência sexual e ISTs, enfatizando a enfermagem como orientadora da educação sexual. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência envolvendo uma ação educativa realizada em julho de 2023, por acadêmicos de enfermagem no contexto da disciplina de Embriologia Humana. A atividade foi conduzida com alunos do 7º ano da Escola Estadual Isabel Oscarlina Marques, em Santa Cruz/RN, utilizando peças anatômicas sintéticas, dinâmicas interativas e recursos multimídia para abordar tópicos importantes, como violência sexual, gravidez na adolescência, ISTs e métodos contraceptivos. A explicação foi adaptada à idade do público-alvo. Resultados: A ação mostrou-se promissora, uma vez que foi capaz de superar a estranheza e timidez inicial dos alunos, abrindo caminho para um diálogo apropriado sobre a temática. Esta abordagem contribuiu para resolver os óbices dos adolescentes, ao mesmo tempo que incentivou-os a depositarem confiança no trabalho do enfermeiro como um profissional que lida com a subjetividade de cada indivíduo sobre o seu próprio corpo. Conclusão: A ação evidenciou a necessidade de efetivar a educação sexual nas escolas, revelando-a como uma ferramenta para reduzir os índices de gravidez na adolescência e transmissão de ISTs. Assim, a educação sexual desempenha também um brilhante papel na capacidade de identificação dos comportamentos relacionados a violência sexual. A continuidade dessa abordagem educativa é crucial para a promoção de saúde e segurança do público infantojuvenil.