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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ABORDAGEM ACOLHEDORA DA IDOSA ATENDIDA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE DURANTE O EXAME CITOPATOLÓGICO.
Relatoria:
SARA CECÍLIA MOURA DE OLIVEIRA
Autores:
  • Sandra Lúcia Arantes
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
O exame citopatológico continua sendo a estratégia mais amplamente adotada para o rastreio do câncer do colo do útero. Nesse sentido, o Ministério da saúde preconiza o rastreamento para mulheres dos 25 aos 64 anos de idade, que já iniciaram atividade sexual. Entretanto, o medo da exposição, constrangimento, baixa autoestima são fatores que impedem a procura e a realização do exame, principalmente pela população idosa. Dessa maneira, o presente estudo relata a vivência de uma abordagem acolhedora de idosa, com 60 anos, que se encontrava insegura com o procedimento, por não ter tido boas experiências com exames anteriores e ter baixa autoestima, em uma USF no Município de Natal/RN. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre o exame citopatológico realizado por uma estudante de enfermagem durante a prática supervisionada da disciplina Saúde da mulher do curso de enfermagem da UFRN. Foi empregada a Ficha de requisição do exame de acordo com o Programa nacional de controle do câncer do colo do útero, que consta informações pessoais, anamnese e exame clínico. Pensando em tornar um procedimento mais acolhedor, foi explicado o passo a passo sobre como seria a realização do exame com linguagem acessível, a posição para coleta, como também, mostrados o espéculo e espátula, e explicada a função de cada um. A usuária comentou que nunca nenhum profissional havia a informado sobre o procedimento e que a partir da abordagem se sentia mais encorajada para realizar o exame. Durante a introdução do espéculo, momento de maior desconforto das mulheres, foi conversado sobre assuntos do cotidiano para torná-la mais confortável, ao longo da conversa ela confessou que não gostava do seu corpo principalmente da sua vagina, assim, foi discutido sobre os estereótipos que a sociedade impõe sobre o corpo da mulher (ser magra, ter seios e glúteos firmes, vagina pequena e etc), abordou-se também a autoaceitação do processo de mudança ao decorrer da idade sem permitir que fatores sociais interfiram na individualidade de cada mulher. Ao final do exame, a idosa relatou se sentir mais autoconfiante, sem medo de realizar o procedimento novamente e que pela primeira vez não tinha sentido dor durante o exame. Destarte, a realização do exame citopatológico pelo enfermeiro, quando pautada em um atendimento humanizado e atenção individualizada, esclarecendo o procedimento e a técnica, contribui para prevenção do câncer de colo de útero.