Introdução: A liderança se constitui de uma competência fundamental para o enfermeiro. Apesar disso, o processo ensino-aprendizagem, relativo à liderança em enfermagem, é deficitário e nem sempre estimula o desenvolvimento e/ou aprimoramento de competências para desenvolvê-la, isto é, conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias ao processo de lideranças. A literatura brasileira evidencia a relação dos movimentos estudantis e a liderança; mas, tal abordagem é descrita de forma superficial. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o desenvolvimento de liderança na formação em enfermagem sob a ótica dos movimentos estudantis, no contexto brasileiro, a partir da literatura. Metodologia: Estudo de revisão bibliográfica realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), ao considerar que ambas disponibilizam as principais produções da enfermagem brasileira. Utilizou-se os descritores “Enfermagem”, “Liderança”, “Educação” e “Educação em Enfermagem”, cadastrados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), através dos operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram incluídos estudos que detalham as contribuições dos movimentos estudantis no desenvolvimento de liderança entre estudantes de enfermagem, sem recorte temporal ou limitação por idioma. A amostra foi composta por seis estudos, os quais foram analisados a partir das recomendações do Global Advisory Panel on the Future of Nursing & Midwifery (GAPFON®), propostas pela The Honor Society of Nursing, Sigma Theta Tau International (STTI). Resultados: Os movimentos estudantis corroboram o desenvolvimento de características sociais, políticas e éticas dos estudantes de enfermagem, as quais possuem repercussões não apenas ao ambiente de ensino-aprendizagem, mas também no planejamento e implementação de ações destinadas à sociedade, como atos de militância. Ademais, a participação em entidades estudantis promove uma busca ativa do estudante por atividades que, desde então, aprimoraram o seu julgamento crítico a respeito de sua formação, motivando-o na busca por atividades que qualifiquem o seu processo formativo, como a internacionalização. Considerações finais: A participação em movimentos estudantis contribui para o desenvolvimento da liderança na formação em enfermagem. Desse modo, é fundamental que haja incentivo na participação de estudantes em atividades vinculadas a entidades estudantis, de modo que os reconheçam.