Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADO EM LIBERDADE: ATIVIDADE TERAPÊUTICA EM UM PARQUE ESTADUAL COM PACIENTES PSIQUIÁTRICOS
Relatoria:
EMILY MANUELLI MENDONÇA SENA
Autores:
- Amanda Guimarães Cunha
- Deliane Silva de Souza
- Thainá Gabriele Pinto Oliveira
- Maria Selma Carvalho Frota Duarte
- Mário Antônio Moraes Vieira
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: Conforme a Política Nacional de Saúde Mental, que redireciona o modelo assistencial em vista a superação do modelo biomédico baseado no isolamento, preconiza-se a utilização de espaços no território como local de ocupação e tratamento de indivíduos com transtornos mentais, de modo a contribuir para a consolidação do novo modelo assistencial. OBJETIVOS: Relatar a experiência de enfermeiros residentes durante uma atividade terapêutica extra-hospitalar em um parque estadual com indivíduos com transtornos mentais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por profissionais de enfermagem do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde Mental, da Universidade do Estado do Pará, durante a realização de uma atividade extra-hospitalar com pacientes internados em uma Clínica Psiquiátrica de um Hospital Geral, em um parque estadual no município de Belém, Pará. RESULTADO: As ações desenvolvidas fazem parte do cronograma de ações do projeto “Resgate do Se”, do grupo de pesquisa “Saúde mental contemporânea e suas implicações na saúde pública”, vinculado à Fundação Pública Estadual Hospital de Clínicas Gaspar Viana. Foram escolhidos 10 pacientes em crise psicótica em remissão para participar da atividade, que ocorreu em um parque estadual, conforme avaliação da equipe multiprofissional. O local foi selecionado em virtude de ser um espaço destinado ao turismo ecológico, o qual dispõe de fauna e flora preservadas, trilhas e bicicletas disponíveis para passeio. Foram realizados momentos de relaxamento, exercício físico, contemplação da natureza e um piquenique. Observou-se a interação social eficaz, mesmo com pacientes com alucinações visuais e auditivas, adequação do comportamento frente ao encontro social, principalmente de pacientes com histórico de alteração no comportamento, e o resgate da autonomia do sujeito. Os pacientes puderam explorar o local, ter encontro com outras pessoas e se reconhecerem como cidadãos que podem usufruir de espaços públicos, contribuindo, dessa forma, para a transição de cuidados mais segura, o reconhecimento do território e a estimulação da autonomia do indivíduo. CONCLUSÃO: A experiência vivenciada permitiu o fortalecimento do vínculo terapêutico, oportunizou a prática do cuidado em liberdade, o reconhecimento do território e o estímulo à autonomia do usuário, além de alcançar os objetivos propostos pelo projeto ”Resgate do Ser”.