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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
PRINCIPAIS CUIDADOS OMITIDOS EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR: ANÁLISE SEGUNDO INSTRUMENTO MISSCARE-BRASIL
Relatoria:
Ana Barbosa Rodrigues
Autores:
  • Sthefani Damasceno de Oliveira Tostes Pereira
  • Roberta Meneses Oliveira
  • Ticiane Costa do Amarante
  • Silvania Braga Ribeiro
  • Beatriz Evangelista de Morais Lopes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A segurança do paciente é influenciada por diversos fatores, dentre eles os relacionados à equipe de saúde, como estresse, sobrecarga, imperícia, imprudência e negligência. Reconhecer os diversos fatores intervenientes na negligência/ cuidados omitidos é imprescindível para evitá-los e impedir a ocorrência de eventos adversos. Objetivo: identificar os principais cuidados de enfermagem omitidos em unidades de internação hospitalar. Metodologia: estudo transversal realizado com 85 profissionais de enfermagem de unidades de internação de hospital público de Fortaleza-CE em 2023. Utilizou-se Questionário sociodemográfico/ocupacional e Instrumento MISSCARE-BRASIL, composto por 56 itens divididos em duas partes (A-Cuidados de enfermagem não realizados, B-Razões para a não realização dos cuidados de enfermagem). Os dados foram submetidos à análise descritiva, tendência central e dispersão, no programa SPSS 23.0. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética (5.466.795/2022). Resultados: dos 85 participantes, 46 eram técnicos de enfermagem (54,1%) e 39 enfermeiros (45,9%), a maioria cooperada (89,4%), com médias de 34,6 anos de idade e carga horária semanal de 39,5 horas (DP=12,7), com média de 7 pacientes atendidos no último plantão/turno. A maioria trabalhava em unidades de terapia intensiva e internação clínica/cirúrgica (70,6%). Na escala MISSCARE-BRASIL, apenas um cuidado foi descrito como frequentemente omitido por mais da metade da amostra, (62,4%), referente à deambulação três vezes ao dia ou conforme prescrito; os demais cuidados como Sentar o paciente fora do leito (42,4%) e Participação em discussão da equipe interdisciplinar sobre a assistência ao paciente, se ocorrer (36,5%), foram indicados por um pouco menos da metade da amostra, sendo tais atividades relacionadas a cuidados multidisciplinares. Na parte B, dentre as 28 razões significativas, destacaram-se as relacionadas à dimensão dos recursos materiais e laborais. Considerações Finais: o cuidado mais omitido diz respeito à deambulação do paciente, no entanto os participantes alegam que tal cuidado não é específico da equipe de enfermagem, sendo realizado por outras categorias, como a Fisioterapia. O fato de aproximadamente metade da amostra indicar que não participa das discussões em equipe sobre a assistência ao paciente é um dado alarmante que merece maior atenção, pois este aspecto é fundamental para a tomada de decisão compartilhada e garantia da segurança do paciente.