As ações de Vigilância em Saúde como estratégia de prevenção de Meningite Eosinofilica por Angiostrongylus cantonensis, a fim de controlar a proliferação do caracol Achatina fulica implementou medidas de enfrentamento desta doença transmissível e negligenciada através dos serviços de vigilância epidemiológica, sanitária, zoonoses e ambiental em um bairro de Ananindeua - PA. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência a partir de um caso suspeito de meningite em uma criança de 11 meses, abrangendo duas etapas : a primeira com investigação epidemiológica através de estudo de caso confirmado em 2021 para meningite eosinofílica por critério laboratorial. A segunda etapa compreendeu investigação de campo, utilizando-se as variáveis tempo, pessoa e lugar. A vigilância sanitária investigou na residência do caso indícios de contaminação de alimentos, como hipótese de via de transmissão. Técnicos da Zoonoses investigaram a presença do caracol na área do domicílio e peridomicilio, e realizaram orientações sobre eliminação do animal. A vigilância ambiental investigou 274 (duzentos e setenta e quatro) imóveis da área adjacente do caso, identificando 05 (cinco) residências com presença do caracol. O estudo orientou a busca ativa de suspeitos e possibilitou ações educativas à população com medidas simples para eliminação de caracóis. As ações de intervenções permitiram a integração entre os setores que atuam na promoção, proteção à saúde e prevenção de doenças junto à comunidade, uma vez que o correto manejo, identificação, controle e descarte do caracol são cruciais para a manutenção ecológica do ambiente onde há infestação deste molusco, principalmente em períodos de chuvas. Dessa maneira, o fortalecimento de ações de educação em saúde principalmente à atenção primária, acerca das medidas de prevenção contra a meningite eosinofílica é decisiva para a redução de parasitismos em humanos e densidade populacional dos caracóis.