INTRODUÇÃO: A população idosa LGBTQIAP+ enfrenta problemas de saúde resultantes da confluência de vulnerabilidades da pessoa idosa e da comunidade LGBTQIAP+ como o preconceito, o desconhecimento sobre prevenção e promoção da saúde e a ausência de humanização no atendimento. OBJETIVOS: Identificar na literatura as necessidades de saúde da população idosa LGBTQIAP+ no contexto dos cuidados primários de saúde. METODOLOGIA: Revisão integrativa de literatura, desenvolvida a partir da questão norteadora: “Quais são as necessidades de saúde da população idosa LGBTQIAP+ no contexto dos cuidados primários de saúde?”. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados LILACS, BDENF e MEDLINE em agosto de 2023. Utilizaram-se os descritores, conforme a estratégia PICo, “Sexual and Gender Minorities”, “LGBT Persons”, “Aged”, “Delivery of Health Care”, “Comprehensive Health Care”, “Health Care”, “Primary Health Care”, “Primary Care”, cadastrados no DeCS e no MeSH. Incluíram-se artigos originais em português, inglês e espanhol, publicados a partir de 2011. Excluíram-se artigos duplicados e aqueles que não respondiam à questão de pesquisa. Identificou-se 137 estudos, dos quais, após leitura dos títulos e resumos, selecionou-se 22 artigos para leitura na íntegra. A amostra final reuniu 13 artigos. RESULTADOS: Identificou-se necessidades de saúde associadas à criação de um ambiente acolhedor e seguro. Além disso, a presença de profissionais de saúde qualificados, que compreendam as distintas identidades de gênero e orientações sexuais, é fundamental para promover um espaço sem estigmas com comunicação ativa e sensível. Ofertar serviços de saúde específico como prevenção e tratamento de doenças crônicas, alcoolismo, tabagismo e infecções sexualmente transmissíveis; rastreio de cânceres; cuidados de saúde transgênero; e orientações sobre enfermidades do sistema genital. A população idosa LGBTQIAP+ demanda suporte para enfrentar problemas de saúde mental decorrentes do medo, violência, isolamento e abandono familiar e laboral. Ademais, é importante que o serviço de cuidados primários compreenda o processo de envelhecimento, as leis e políticas de saúde à pessoa idosa, e alinhe a assistência com as Redes de Atenção à Saúde. CONCLUSÃO: A população idosa LGBTQIAP+ necessita de cuidado qualificado, sensível, inclusivo e humanizado. Destarte, a educação em saúde e protocolos de atendimento podem garantir a competência cultural, atualizações e boas práticas em saúde.