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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NA REGIÃO PANTANEIRA DO MATO GROSSO DO SUL
Relatoria:
Guilbert Novaes
Autores:
  • Amanda Bichoff
  • Jaline Batista da Silva
  • Muriel Fernanda de Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Acidentes com animais peçonhentos podem resultar em complicações que requerem atendimento médico imediato, logo, tem sido um grande problema de saúde pública. Tais acidentes podem ocorrer em ambientes urbanos e rurais, causando preocupação de autoridades sanitárias, sobretudo na região centro oeste brasileira, com o aumento do turismo no pantanal. Objetivo: Analisar dados epidemiológicos sobre acidentes com animais peçonhentos na região pantaneira sul-mato-grossense entre os anos de 2007 a 2022. Metodologia: Estudo exploratório e quantitativo com dados oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) sobre acidentes com animais peçonhentos na região pantaneira sul-mato-grossense nas cidades: Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Ladario, Miranda, Porto Murtinho, Rio Verde de Mato Grosso e Sonora. Resultados: Foram notificados 6.322 acidentes, sendo maior número de acidentes com escorpiões (n=2.981), seguido de serpentes (n=1.715), abelhas (n=570), aranhas (n=276) e lagartas (n=191), tendo Corumbá com o maior número de acidentes e Porto Murtinho com o menor. O sexo masculino foi o mais atingido em todas as categorias (n=3.636) em relação ao sexo feminino (n=2.686), com exceção dos registros de escorpiões com 54,88% de casos sendo do sexo feminino. A faixa etária dos indivíduos mais afetados foi de 20 a 39 anos, em contrapartida, acidentes envolvendo lagartas foram maiores na faixa etária de 1 a 4 anos. As mãos e os pés foram os locais mais atingidos e a maioria dos acidentes foram classificados como leves (n=4.932) em todas as categorias de animais peçonhentos, e 20,12% utilizaram soroterapia; além de casos moderados (n=1.104), onde 71,83% utilizaram soroterapia e os graves (n=143), onde 86,02% utilizaram soroterapia. A maioria dos casos registraram atendimento entre 0 a 1 hora (n=3.589), a 1 a 3 horas (n=1.250) e a 3 a 24 horas (n=1.187). Em 93,49% dos casos foram considerados curados e 0,18% foram a óbito pelo agravo. Os meses de janeiro (n=737) e março (n=755) registraram maior concentração de acidentes. Considerações Finais: A prevenção e busca por assistência médica imediata são essenciais para mitigar os riscos de acidentes com animais peçonhentos. A conscientização pública e política, aliada as medidas de proteção, desempenha um papel fundamental na redução da incidência desses eventos, sendo importante a notificação adequada e atualização de políticas públicas capazes de capacitar profissionais e orientar a população.