Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
Efeitos da Colostroterapia em Recém-Nascidos Prematuros internados em UTIs: uma Revisão Sistemática
Relatoria:
Arielle Oliveira de Almeida
Autores:
- Nirla Gomes Guedes
- Samara Calixto Gomes
- Leonardo Alexandrino da Silva
- Manuela de Sousa Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Observando-se o cenário mundial relacionado à morbimortalidade neonatal, muito se tem investigado sobre a utilização de novas ferramentas terapêuticas que visem o fortalecimento e a promoção da saúde de recém-nascidos, em especial os prematuros. Nesse cenário, a Administração Orofaríngea de Colostro (Colostroterapia) surgiu como uma ferramenta terapêutica, fazendo-se necessário maiores investigações e aprofundamento nesse assunto. Este estudo teve como objetivo principal analisar os efeitos da administração orofaríngea de colostro em recém-nascidos pré-termo e de baixo peso ao nascer que estejam internados em unidades de terapia intensiva. Trata-se de uma Revisão Sistemática, a partir da busca no banco de dados da Biblioteca Virtual de Saúde que contempla as bases de dados da MEDLINE, LILACS e BDENF, e também nas bases SciELO, COCHRANE LIBRARY e PUBMED. Foram utilizados os descritores controlados “Colostro”, “Colostrum”, “Primeiro Leite”, “Imunoglobulina A Secretora”, e “Imunidade Materno-Adquirida”. Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos que caracterizam o uso do colostro humano como terapia para recém-nascidos pré-termo e de baixo peso ao nascer que estejam internados em unidades de terapia intensiva, em inglês ou português, publicados nos últimos 10 anos, disponíveis na íntegra de forma gratuita e que contemplem o escopo desta revisão. A leitura foi pareada e a coleta aconteceu por meio de um instrumento que contemplou o objetivo da revisão. Os 7 artigos analisados ao final do processo de busca, tiveram seus riscos de viés avaliados através da ferramenta RoB 2.0. Como efeitos benéficos encontrou-se no grupo tratamento: aumento dos níveis de Imunoglobulina A Secretora, redução no tempo para alimentação enteral completa, redução no tempo de internação hospitalar, redução na incidência de sepse de início tardio, aumento nos peptídeos correspondentes à lactoferrina, imunoglobulina A e lisozima C e reduções em S100A7 e alfa defensina 5, porcentagem menor de Moraxellaceae e de menor de Staphylococcaceae na mucosa oral, redução na incidência de Enterocolite Necrotizante e de IVH, menores níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-6, IL-8) e maior expressão de citocinas anti-inflamatórias (IL -10 e IL-1ra). Apesar de não terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas em todas as variáveis estudadas, os resultados apontam para uma tendência benéfica da Colostroterapia em recém-nascidos prematuros.