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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA SOBRE O TABAGISMO EM TRABALHADORES FEIRANTES E INTERVENÇÕES EDUCATIVAS EM SAÚDE
Relatoria:
Fabiula Ledo Araújo
Autores:
  • Maria Eduarda Magalhães Marques
  • Victor Pereira Domingues
  • Alexandre de Almeida Soares
  • Jaine Kareny da Silva Alves
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: É notório que o tabagismo, nos dias atuais, é um grave problema de saúde pública. A droga é percursora e agravante de diversas doenças incidentes no mundo. Objetivo: o presente estudo buscou analisar o perfil de trabalhadores feirantes com relato de tabagismo na cidade de Guanambi-Ba e relatar a experiência de ação educativa junto a tais trabalhadores. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo misto, inicialmente com análise de dados do inquérito desenvolvido no projeto de pesquisa intitulada “Acidentes de trabalho em feirantes e as condições laborais e de saúde: estudo prospectivo”, abarcando os dados da baseline coletados em 2018, junto a trabalhadores feirantes adultos do mercado municipal em Guanambi/BA. O referido projeto de pesquisa acompanha os trabalhadores realizando avaliações de saúde. Após a análise dos dados colhidos e informações obtidas, desenvolveu-se uma ação de educação em saúde sobre o tabagismo, visando compartilhar com os feirantes conhecimentos acerca da nocividade do cigarro para a saúde. Resultados: Observou-se que dos 426 trabalhadores pesquisados, a prevalência do tabagismo foi de 9,1%. Maiores prevalências foram encontradas no sexo feminino (10,3%), na faixa etária de 15 a 40 anos (9,7%), sem convivência marital (11,9%), em não-negros (9,2%), de escolaridade até o ensino fundamental (10,3%), em feirantes que trabalham mais de 40 horas (9,7%) e com autopercepção de saúde regular/rum (10,9%). A média de anos como tabagista foi de 24,6 anos (desvio padrão de 13,3 anos), variando de 2 a 58 anos. Verificou-se, tanto na expressividade dos dados quanto nos relatos colhidos durante a ação de educação em saúde, que fatores como relações familiares, conflitos internos, crenças, estresse ocasionado por longas jornadas de trabalho e o baixo nível de escolaridade dos indivíduos contribuem para a incidência e persistência do vício. Outrossim, na atividade educativa sobre os malefícios do tabaco, verificou-se no relato dos feirantes, que o tabagismo é uma doença pediátrica, uma vez que o hábito de fumar, na maioria dos casos, foi desenvolvido ainda na adolescência. Considerações finais: evidencia-se a relevância do papel da enfermagem quanto à prevenção de doenças e promoção da saúde, uma vez que as ações desenvolvidas por essa classe de profissionais geram inúmeros benefícios à saúde pública.