O escorpionismo é tido como um problema de saúde pública negligenciado no Brasil, que vem ganhando importância devido ao crescente número de envenenamentos e mortes, principalmente nos centros urbanos. De acordo com o sistema público de saúde do país, em 2007, foram registradas 61 mortes, enquanto, em 2017, teriam sido 90 óbitos por picadas de escorpião. Entre 2013 a 2017, cerca de 83% das mortes ocorreram em até 48 horas após a picada. As causas para o aumento do escorpionismo na zona urbana estão relacionadas às ações humanas que modificam o ambiente natural, que causam uma quebra na cadeia alimentar e acabam também com seus locais de abrigo. Portanto, os escorpiões vêm para a zona urbana em busca de alimento e abrigo e os encontram nas residências, nos terrenos baldios e nas áreas de construção. Objetivo: contribuir para o embasamento e fundamentação da assistência de enfermagem para vítimas de acidêntes escorpiônicos. Trata-se de um estudo metodológico, onde foi realizado uma Revisão Integrativa de Literatura, sendo desenvolvida em seis momentos: Identificação do problema a ser solucionado e elaboração da questão de pesquisa; Elaboração dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos; Extração das informações pertinentes dos estudos selecionados; Avaliação dos estudos selecionados para compor a revisão integrativa; Leitura e interpretação dos estudos; Organização, discussão e síntese completa das publicações. A análise do envenenamento por escorpião e das medidas de cuidados de saúde identificados na revisão da literatura apresenta de forma sistemática os elementos-chave relacionados à intoxicação causada por escorpiões, fornecendo uma descrição sobre a diversidade de espécies de escorpiões, bem como os sinais e sintomas clínicos associados às suas picadas, juntamente com as diretrizes de cuidados de saúde recomendados para cada situação. O embasamento clínico, epidemiológico e de manejo tido reforça a importância no aprimoramento da assistência aos pacientes picados por escorpiões, a valia de ter preconizado protocolo com um fluxo de atendimento, para tratamento eficaz para as vítimas. A compreensão das manifestações clínicas, as peculiaridades regionais e as necessidades específicas das vítimas permitem que os profissionais de enfermagem adaptem suas estratégias de manejo e ações preventivas, garantindo cuidados mais eficazes e individualizados. A necessidade de melhoria dos serviços de saúde, especialmente em regiões independentes, como a Amazônia.