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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ANSEIOS DE FAMÍLIAS DE CRIANÇAS COM DOENÇAS CRÔNICAS HOSPITALIZADAS PERANTE A POSSIBILIDADE DE ALTA HOSPITALAR
Relatoria:
MARIA ELIZABETE DE AMORIM SILVA MARINHO
Autores:
  • Vanessa Medeiros da Nóbrega
  • Leiliane Teixeira Bento Fernandes
  • Daniele de Souza Vieira
  • Neusa Collet
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As famílias de crianças com doenças crônicas vivenciam situações, por vezes, inusitadas que trazem preocupações no cotidiano de cuidado. Quando há necessidade de hospitalização, questionam-se se estão realizando os cuidados adequadamente, o que pode trazer o sentimento de culpa para elas e interferir na percepção sobre sua capacidade para cuidar após a alta hospitalar. OBJETIVO: Identificar os anseios de cuidadoras de crianças com doenças crônicas em relação ao futuro após a alta hospitalar. METODOLOGIA: Estudo qualitativo realizado com 25 cuidadoras de crianças com doenças crônicas internadas em um hospital universitário, que participaram de entrevistas semiestruturadas entre novembro/2017 e novembro/2018. Os dados foram interpretados segundo a análise temática indutiva. O estudo obedeceu às normas da Resolução 466/12 com aprovação do Comitê de Ética sob o parecer nº 4.711.314. RESULTADOS: As cuidadoras consideravam o seu conhecimento frágil em relação à doença e ao tratamento do filho, e preocupavam-se com a perda da normalidade fisiológica da criança quando havia necessidade da inserção de dispositivo tecnológico, por despertar sentimento de insegurança para manuseá-lo. Nesse contexto, receavam em retornar ao domicílio, pois não se sentiam aptas técnica e, por vezes, emocionalmente para realizar as adaptações ambientais, atender as demandas de cuidados com a doença e a alimentação adequada para a criança. Ademais, preocupavam-se com as implicações da hospitalização no desenvolvimento futuro do seu filho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Todos os anseios das cuidadoras decorrem do medo do desconhecido, que poderia ser amenizado por meio de diálogos com escuta qualificada para a realização da educação em saúde durante a hospitalização. Enquanto responsabilidade ética e política perante essas famílias, o enfermeiro tem papel crucial para identificar essas demandas e desenvolver ações a fim de que as cuidadoras superem seus medos e sintam-se capacitadas para cuidar das crianças com doença crônica com segurança após a alta hospitalar, a fim de garantir a continuidade e a integralidade do cuidado prestado.