Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DOS CASOS DE DENGUE EM MATO GROSSO ENTRE 2014 A 2022
Relatoria:
MAYSA BERTOLLO DE ARAÚJO
Autores:
- Pãmela Rodrigues de Souza Silva
- Jaqueline Costa Lima
- Omar Ariel Espinosa Domínguez
- Chayanne Aparecida Noronha de Oliveira Costa
- Ezilaine Drigo do Nascimento
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A dengue é uma arbovirose urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, caracterizada como um problema de saúde pública na América Latina. Clinicamente, a doença varia de assintomática a doença febril leve, podendo evoluir para distúrbios hemorrágicos e, ocasionalmente, para casos graves levando à morte. Conhecer a incidência da doença é essencial para ações diretas de prevenção e monitoramento. O objetivo dessa pesquisa é avaliar a incidência de casos notificados de dengue em Mato Grosso, no período de 2013 a 2022.Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. A população constituiu-se dos casos confirmados de dengue nos anos de 2014 a 2022 no estado do Mato Grosso, Brasil. Utilizou-se como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Esses dados foram obtidos das fichas de notificação e investigação epidemiológica. Assim, extraíram-se as variáveis sociodemográficas (sexo, faixa etária, escolaridade, raça) e clínicas (diagnóstico clínico e laboratorial). Os dados foram tabulados e exportados para o Excel® 2016 para análise estatística descritiva. Um total de 17.1321 casos de dengue foram notificados em Mato Grosso entre os anos de 2014 e 2022. A média anual da densidade de incidência em 2014 foi de 22,09 casos novos/10.000 habitantes, em 2015 65,35 casos novos/10.000 habitantes, em 2016 63,98 casos novos/10.000 habitantes, em 2017 27,75 casos novos/10.000 habitantes, em 2018 21,31 casos novos/10.000 habitantes, em 2019 32,36 casos novos/10000 habitantes, em 2020 99,36 casos novos/10.000 habitantes, em 2021 62,66 casos/10000 habitantes em 2022 96,98 casos/10.000 habitantes. Entre 2014 e 2022 a faixa etária de 20 a 39 anos correspondeu a 36,5% dos casos. Dos indivíduos que não tinham a escolaridade ignorada (33,7%), a mais frequente foi a do ensino médio completo 15,3%. Em relação a raça/cor parda correspondeu a 50,8% dos casos. Quanto ao critério de confirmação, entre 2014 e 2018 a proporção de casos confirmados clinicamente correspondiam ao maior percentual (59,6%), já entre os anos de 2019 a 2022 prevaleceu a proporção de casos confirmados laboratorialmente (56,15%). Com base nos achados do estudo, conclui-se que houve aumento dos casos de dengue no estado de Mato Grosso nos últimos anos enfatizando que a doença ainda é um problema de saúde pública que necessita de maior atenção. Neste contexto, o enfermeiro e a equipe de saúde tem papel fundamental no desenvolvimento de ações de prevenção, como forma de evitar novos casos.