Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE ACOMETIDOS POR COVID-19 NA REGIÃO DO VALE DO AÇO
Relatoria:
Thiago Freitas Anicio Pereira
Autores:
- LARISSA CARDOSO DA ROCHA
- THAMARA DE SOUZA CAMPOS ASSIS
Modalidade:
Pôster
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico dos profissionais da saúde infectados com a forma leve da COVID-19 na região metropolitana do Vale do Aço, Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com coleta de dados realizada entre 01/02/2020 e 01/07/2022. Os dados representam os casos ocorridos nas cidades que compõem a região do Vale do Aço, sendo feitos cálculos das medidas de média e mediana, desvio padrão, intervalo interquartílico e frequências absolutas e relativas. O teste Qui-quadrado de Pearson e o Teste Exato de Fisher também foram utilizados. Resultados: Dos 66.456 casos leves confirmados, 912 indivíduos eram profissionais da saúde, destes, 83,8% ocorreram no ano de 2020, 79,4% (n=724) eram do sexo feminino e 20,6% (n=188) do sexo masculino. A média de idade foi de 40,2 ± 9,8 anos (p50 40 anos; IIQ 33 – 47). 43,8% (n=400) da amostra autodeclarou-se pardos, 28,5% (n=259) brancos, 13,6% (n=124) amarelos, 4,7% (n=43) pretos, 0,1% (n=1) indígenas e em 9,3% (n=85) das notificações este item foi ignorado ou não preenchido. 43,8% (n=400) dos casos ocorreram no município de Ipatinga, 22,2% (n=203) em Santana do Paraíso, 21% (n=192) em Coronel Fabriciano e 12,8% (n=117) em Timóteo. 32,1% (n=293) dos casos eram assintomáticos, 24,8% (n=226) apresentaram entre 1 e 2 sintomas, 31% (n=283) entre 3 e 4 sintomas, 11,1% (n=101) apresentaram 5 ou mais sintomas e em 1% (n=9) das notificações este item não foi preenchido. 6% (n=52) dos casos havia 1 fator de risco preexistente, 0,6% (n=6) apresentaram 2 fatores de risco e em 93,4% (n=852) das notificações este item foi ignorado ou não preenchido. 51,3% (n=468) dos casos utilizou-se o teste IgG+IgM para confirmação da patologia, 35,2% (n=321) teste RT-PCR, 5,9% (n=53) teste TR-Ag, 0,1% (n=1) método CLIA, 0,1% (n=1) método ECLIA IgG e em 7,4% (n=68) este item foi ignorado ou não preenchido. 99,8% (n=910) dos indivíduos evoluíram para cura, 0,1% (n=1) foram hospitalizados e 0,1% (n=1) estavam em tratamento domiciliar. Não foi possível encontrar associação significativa (p>0,05) entre o número de manifestações clínicas e as variáveis sociodemográficas e clínicas. Conclusão: Foi possível caracterizar a ocorrência da forma leve da COVID-19 entre os profissionais de saúde, o que pode auxiliar na criação de medidas de prevenção e controle. Ademais, vê-se a necessidade de sensibilização dos profissionais quanto ao correto preenchimento das fichas de notificação compulsória.