Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
DIRECIONAMENTOS DE SUPORTE ADICIONAL A ADOLESCENTES AUTISTAS E SUAS FAMÍLIAS EM SERVIÇOS SECUNDÁRIOS DE SAÚDE
Relatoria:
LEILIANE TEIXEIRA BENTO FERNANDES
Autores:
- Vanessa Medeiros da Nóbrega
- Renata Cardoso Oliveira
- Neusa Collet
- Simone Helena dos Santos Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Adolescentes com autismo em transição para a idade adulta e suas famílias requerem cuidados holísticos na atenção à saúde. Todavia, nessa fase tende a ocorrer uma lacuna na resposta dos serviços, sejam educativos, sociais ou de saúde, porque há déficits de equipes multidisciplinares habilitadas para atender adultos com autismo, podendo gerar obstáculos na gestão das comorbidades. Objetivo: Identificar o suporte adicional oferecido a adolescentes com autismo e suas famílias em serviços secundários de saúde. Metodologia: Estudo qualitativo realizado em uma capital nordestina, por meio de visitas técnicas a cinco instituições que atendem crianças/adolescentes com TEA e a secretaria municipal de saúde, entre março/2020 e setembro/2022. Utilizou-se observação direta não participante com anotações em diário de campo e Análise Temática Indutiva. A pesquisa foi aprovada com parecer n. 5.615.537 do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Além das terapias de base (psicoterapia lúdica), os adolescentes têm à sua disposição as sequenciais, redes de pares, grupos de habilidades sociais, musicoterapia, pensamento social e as terapias para faixas etárias anteriores, caso não tenham adquirido as habilidades. Em quatro dos serviços, as famílias são acolhidas em atividades extras (hidroginástica, biodança, dança circular; constelação familiar, treinamento virtual; psicólogo familiar; rodas de conversas com pedagogos e assistentes sociais); e Práticas Integrativas Complementares (PICS) para adolescente/família. Um dos serviços atende apenas usuários até 18 anos, encaminhando-os, posteriormente, para centros de convivência para deficientes. Os demais serviços, quando ocorre alta clínica, orientam que frequentem serviços desportivos e culturais e realizam contrarreferência para a atenção primária à saúde e centros de referência de assistência social. Ademais, os profissionais dos serviços secundários afirmaram necessitar de maior interação com o programa saúde na escola. Considerações finais: Reitera-se a importância de que os direcionamentos do cuidado a adolescentes com autismo nos serviços secundários de saúde, abarquem tanto as suas dimensões de desenvolvimento biológico quanto a construção coletiva por meio do fortalecimento da rede de cuidados familiar.