Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR MALFORMAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO NORDESTE
Relatoria:
Poliana Veras de Brito
Autores:
- Joana Nágila Ribeiro Figueira
- Aline Miranda de Abreu
- Antonia Vitória Elayne Carneiro Araujo
- Taynara Lais Silva
- Thatiana Araujo Maranhão
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: As malformações ocorrem devido a distúrbios do desenvolvimento embrionário ou fetal, cujas causas podem estar atreladas a fatores genéticos, ambientais ou por ambos. A cardiopatia congênita (CC) pode ser caracterizada como uma anormalidade na estrutura cardíaca ou dos grandes vasos da base do coração, indicando impacto funcional significativo. O sistema cardiovascular é o mais atingido por malformações congênitas, associadas ou não a outras malformações. As malformações congênitas são apontadas como uma das principais causas de óbito na primeira infância, sendo a mais recorrente e de maior morbimortalidade. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade infantil por malformação congênita cardíaca na região Nordeste do Brasil, no período de 2011 a 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico, em que foram analisados todos os óbitos por malformações cardíacas congênitas entre crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) nordestinos. Foram incluídas todas as mortes notificadas no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) ocorridas no período de 2011 a 2020, disponibilizadas por meio do sítio eletrônico do DATASUS. As variáveis analisadas foram: sexo, raça, faixa etária e as categorias das malformações cardíacas congênitas. Por fim, para a análise descritiva, utilizou-se estatística univariada. RESULTADOS: Foram notificados 9.375 óbitos por malformações congênitas cardíacas no Nordeste brasileiro no período estudado. A maioria dos indivíduos era do sexo masculino (n= 4.946; 59,76%), pardos (n= 5.554; 59,24%) e menores de um ano de idade (n= 8.608; 91,82%). Ademais, a categoria que causou mais óbitos foi “Outras Malformações Congênitas do Coração” (n= 6.638; 70,81%), seguida por “Malformações Congênitas dos Septos Cardíacos” (n= 1.373; 14,64%). Por fim, os estados que apresentam números significativos de casos foi a Bahia (n= 2.237; 23,86%), seguido por Pernambuco (n= 1.595;17,01%). CONCLUSÃO: As principais vítimas de óbitos por malformações cardíacas congênitas no Nordeste brasileiro são crianças menores de um ano de idade, de sexo masculino e pardas. Os resultados obtidos nesse estudo evidenciam características relevantes de vulnerabilidade individual e podem direcionar a implementação de políticas públicas focadas no diagnóstico precoce e tratamento oportuno das malformações cardíacas congênitas, especialmente para indivíduos mais vulneráveis, objetivando minimizar os óbitos evitáveis e seus impactos na sociedade.