Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
GRAU DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Relatoria:
Aimêe Leitão Cruz
Autores:
- Rafaela Beatriz Nóbrega Mota Eulálio
- Gregório Cavalcante Silveira
- Raquel Voges Caldart
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: As instituições de longa permanência são modalidades de caráter residencial que abrigam as pessoas idosas. Considera-se que a institucionalização pode resultar em declínio funcional, com consequente perda da autonomia e da independência do idoso. Objetivo: Identificar o grau de dependência de idosos institucionalizados para o desempenho das Atividades Básicas da Vida Diária. Metodologia: Estudo descritivo, conduzido com 36 idosos institucionalizados. Utilizou-se um instrumento com variáveis sociodemográficas e clínicas e o Índice de Katz. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A maioria dos idosos (91,7%) eram do sexo masculino, a média de idade foi de 76,1 anos (±8,6) e o tempo médio de institucionalização foi de 2,9 anos (±4,1), 69,4% dos idosos apresentavam duas ou mais morbidades, com destaque para as doenças cardio e cerebrovasculares, endócrinas e metabólicas, 86,1% faziam uso de polifarmácia. Quanto ao grau de dependência, observou-se que 77,8% dos idosos eram dependentes para pelo menos uma das seis atividades avaliadas no Índice de Katz. Dentre essas, 75,0% dos idosos apresentaram dependência total ou parcial para vestir-se, 66,7% para banho, 50,0% para ir ao banheiro, 44,4% para continência, 41,7% para transferência e 36,1% para alimentação. A avaliação dos itens presentes no Índice Katz mostrou que as atividades relacionadas ao autocuidado, como banho, higiene pessoal e vestir-se ficaram comprometidas para um considerável número de idosos. Ressalta-se que a dependência para essas atividades tem profunda repercussão na vida do idoso, pois vão além de simplesmente depender de um cuidador, uma vez que envolvem o pudor que muitos idosos preservam quanto à exposição do corpo, podendo gerar constrangimentos pela perda da privacidade, bem como, agravos à saúde. Já a alimentação foi a tarefa com menor percentual de dependência, considera-se que, por ser uma atividade de caráter de subsistência, se mantém preservada até o final da vida. Considerações finais: O elevado percentual de dependência dos idosos para as atividades de autocuidado demanda maior investimento em ações voltadas para a promoção da saúde e prevenção da incapacidade funcional. Esses resultados contribuem para direcionar medidas que favoreçam a qualidade de vida.