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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO EM ENFERMEIROS ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2022
Relatoria:
Samara Stefany dos Santos Silva
Autores:
  • Oton Elisio Teixeira Santana
  • Laís de Souza Porto
  • Talita Gabrielle Santos Guimarães
  • Felipe Guimarães Trindade
  • Daniela Sousa Oliveira
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: No cenário contemporâneo, asseverado pelas circunstâncias da pandemia da Covid-19, os transtornos mentais se tornaram cada vez mais recorrentes, não obstante estão os profissionais de enfermagem que, mediante os fatores estressores, como demanda de trabalho, estresses inerentes ao serviço, baixa valorização e remuneração, bem como sobrecarga e esgotamento emocional, caracterizam-se como um público vulnerável com risco de alta susceptibilidade, tornando-se assim importante analisar as faces que permeiam a problemática elucidada. OBJETIVO: Analisar a incidência de transtornos mentais relacionados ao trabalho em profissionais enfermeiros entre os anos de 2013 a 2022 no Brasil. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo e transversal sobre os transtornos mentais relacionados ao trabalho no profissional enfermeiro, realizado com dados secundários colhidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados via acesso eletrônico ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e analisados com auxílio do Microsoft Office Excel. RESULTADOS: Foi registrado um total de 406 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho na população estudada, sendo os anos de maiores ocorrências consecutivamente 2022 (17,2%), 2021 (15%) e 2017 (15%). Quanto à caracterização desses profissionais, maiores frequências foram registradas no sexo feminino (90,1%), raça/cor branca (58,1%), seguida da parda (21,9 %), faixa etária de 30 a 39 anos (42,9%), seguido de 40 a 49 anos (32,3%). O diagnóstico específico mais recorrente foi de transtorno neurótico e transtorno relacionados com estresse (51%), a conduta de afastamento do local se deu em 44,8% dos casos, notificação ao CAPES em 43,8%, a não emissão da CAT se mostrou mais recorrente com 40,1%. Quanto as UF de notificação os maiores índices ficaram a cargo de Minas Gerais (25,1%), seguido de São Paulo (19%) e Rio Grande do Sul (11,6%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, evidencia-se uma carência na atenção à saúde mental dos enfermeiros visto que estão expostos a diversos fatores que propiciam para o adoecimento mental, demonstrando a fragilidade do sistema de saúde no amparo de tais profissionais. Ademais, infere-se que o delineamento do perfil vinculado ao profissional com transtorno mental oriundo do trabalho e o período de maior incidência são dados relevantes ao passo que constitui subsídio a fim de elaborar estratégias que possam mitigar os danos.