Introdução: A adolescência é caracterizada por ser uma fase de descobertas, principalmente no que se refere à sexualidade. É um estágio da vida de muitas mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais. A prevalência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), gravidez e início da atividade sexual cada vez mais precoce, vêm demonstrando um alerta para a importância da educação sexual no âmbito escolar. Objetivo: Identificar na literatura como a educação sexual é abordada para adolescentes nas escolas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura com busca, realizada no mês de Agosto de 2023, nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF, utilizando os descritores do DeCS/MeSH: “Saúde do Adolescente”, “Serviços de Saúde Escolar” e “Educação sexual”. Foram selecionados 3 artigos, sendo 2 do Brasil e 1 de Portugal. Além disso, foram excluídos os artigos que não possuem texto completo disponível e que não condizem com o objetivo do trabalho. Resultados e discussão: A análise dos artigos demonstra que a educação sexual constitui um método importante de prevenir problemas relacionados, principalmente, à ISTs e gravidez precoce, bem como está vinculada ao reconhecimento de gênero e prevenção de violências. No entanto, a oferta deste conhecimento é deficiente entre os adolescentes. Nota-se que as escolas enfrentam dificuldades para abordar efetivamente este assunto devido à reação negativa de alguns pais, e à imaturidade dos alunos. Desta forma, o Programa Nacional de Saúde Escolar se faz necessário para melhorar o conhecimento em saúde e a tomada de decisão dos jovens. Em relação ao uso de métodos contraceptivos, as pesquisas mostraram a camisinha, anticoncepcional oral e pílula do dia seguinte como os mais citados pelos jovens, configurando um déficit na compreensão do funcionamento e na variedade dos métodos disponíveis. Outro impasse encontrado é sobre como o assunto é tratado como “tabu” em toda sociedade, deixando-o ainda mais negligenciado e fazendo com que o adolescente não se sinta confortável para falar sobre. Conclusão: Destaca-se a importância do papel do enfermeiro na realização de ações de promoção de educação em saúde sobre a sexualidade na escola, onde os adolescentes passam a maior parte do tempo e que começam a desenvolver competências e responsabilidades. Dessa forma, contribuindo para a diminuição dos números de gravidez na adolescência e de ISTs, que atualmente são grandes problemas de saúde pública no Brasil.