Introdução: No decorrer do cenário pandêmico da COVID-19, estudos demonstraram uma série de casos com ampla gama de manifestações neurológicas associadas a infecção pelo SARS-CoV-2. A longo prazo tem potencial de elevar o risco de surgimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer ou, acelerar o agravamento em pessoas que sofrem com esse tipo de demência. Com este cenário, cresceu o interesse dos estudos em relação às consequências clínicas tardias e crônicas decorrentes da infecção pelo SARS-CoV-2. Objetivo: Analisar a relação entre a infecção pela COVID-19 e a doença de Alzheimer. Metodologia: Foi utilizado a revisão integrativa como método de pesquisa com vistas a subsidiar discussões e resultados com dados consolidados e publicados entre 2021 e 2023, nos idiomas inglês, espanhol ou português. O estudo teve como pergunta condutora: A COVID-19 pode ser um fator determinante para o desenvolvimento ou agravamento do Alzheimer? As temáticas apresentadas foram: COVID-19; SARS-CoV-2; Doença de Alzheimer; Exacerbação dos Sintomas. O levantamento de dados ocorreu no ano de 2023 por meio das bases de dados MEDLINE e PubMed, através do cruzamento: "SARS-CoV-2" OR "COVID-19" AND "Alzheimer disease" OR "Alzheimer Dementia" AND "symptom flare up" OR "Symptom Exacerbations". Resultados: Foram identificados 847 artigos que corresponderam ao tema. Destes, apenas 6 atenderam os critérios de inclusão desta revisão e responderam à pergunta condutora e foram utilizados para estruturar esta revisão. Os resultados dos estudos foram divergentes. Um artigo revelou informações significativas sobre os marcadores moleculares que ligam a infecção por COVID-19 e o desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Outro artigo não encontrou nenhuma associação entre infecção por COVID-19 e demências. Considerações finais: A partir da síntese das produções dos artigos selecionados, enquanto umas literaturas não encontraram correlação entre a infecção por COVID-19 e Alzheimer apontando a necessidade de mais tempo e estudos. Outras literaturas observaram a regulação negativa da via de sinalização do cAMP e perturbações no metabolismo da taurina, juntamente com a regulação positiva das vias neuroinflamatórias, como a formação de NET (Neutrophil extracellular trap), apontando que esses achados sugerem que a convergência desses componentes moleculares pode tornar os pacientes com COVID-19 mais vulneráveis ao declínio cognitivo e à Doença de Alzheimer.