A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica, de caráter inflamatório que acomete o sistema nervoso central, sem causa definida, visto que fatores genéticos, ambientais ou infecciosos podem predispor essa condição. A doença acomete cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, entre 20 a 45 anos, na maioria mulheres. Apresenta sintomatologia diversa, a depender da localização dos neurônios comprometidos, sendo o agravo dos sinais e sintomas pré-requisito para o plano de cuidados, que visa atenuar as incapacidades e reabilitar os indivíduos. Assim, objetivou-se identificar na literatura científica a atuação da Enfermagem frente ao paciente com Esclerose Múltipla. O estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Esclerose Múltipla”, “Enfermagem” e “Cuidados de enfermagem” associados ao operador booleano AND, e realizou-se a busca nos portais e bases de dados: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), SciELO, Periódicos CAPES e PubMed. Tomou-se como critérios de inclusão: artigos dos 5 últimos anos disponíveis na íntegra e nos idiomas português e inglês, e de exclusão, artigos de revisão, e que não atendessem ao objetivo do estudo. Foram encontrados 154 artigos, destes excluiu-se 137 por não corresponder a temática e 10 por não atender ao objetivo do estudo, compondo a amostra final para a revisão, 7 artigos. Nos cuidados ao paciente com esclerose múltipla, o processo de enfermagem torna-se indispensável, por possibilitar implementar um plano de cuidados direcionado as necessidades, promoção e reabilitação da saúde do paciente. O papel da enfermagem frente ao paciente com EM é pautado na educação em saúde e gerenciamento do cuidado, tanto por ações individuais quanto coletivas. As primeiras estão presentes no pré, durante e pós terapia farmacológica, com educação sobre a escolha, o uso do método escolhido, os cuidados em possíveis reações adversas, e no incentivo ao autocuidado. Nas atividades coletivas, o profissional de enfermagem atua como integrante da equipe multidisciplinar, na influência da escolha terapêutica com sua visão holística do paciente; e na atuação próxima ao sistema familiar, identificando as necessidades e direcionando suas intervenções para o paciente e sua família. Dessa forma, identificou-se a atuação da enfermagem frente ao paciente com EM através da implementação de cuidados contínuos para manutenção da qualidade de vida, presentes nos 3 níveis de complexidade.