Introdução: uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que apesar de curável, permanece endêmica em regiões tropicais. Por se tratar de uma doença de evolução lenta, é fundamental que se conheça os sinais de alerta, como manchas na pele, com alterações de sensibilidade, formigamentos, choques, câimbras nos membros inferiores e superiores, que podem evoluir para dormência. Objetivo: Compreender, a luz da literatura, o papel da equipe de enfermagem no diagnóstico precoce da hanseníase. Métodos: Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo revisão bibliográfica, cuja a questão norteadora é qual o impacto do diagnóstico precoce da hanseníase pela equipe de enfermagem? Descritores: hanseníase, diagnóstico e papel do profissional de enfermagem. Banco de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde). Bases de dados MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica), BDENF (Base de Dados de Enfermagem) ou LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde). Os critérios de inclusão dos artigos foram: texto completo, com o recorte temporal de 2022 a 2023. Os critérios de exclusão foram, artigos repetidos ou que não respondem ao objetivo do estudo. Resultados: Inicialmente, foram encontrados 105 artigos, com a utilização dos filtros, e a leitura dos títulos e resumos, apenas 8 artigos se enquadraram no objetivo do estudo. O teste rápido pelo método da sorologia anti-PGL-1 é uma ferramenta de apoio na avaliação de contatos, bem como o diagnóstico diferencial de pacientes com lesões cutâneas numerosas, infiltração difusa da pele e/ou extenso comprometimento de nervos periféricos, haja vista que possui maior sensibilidade para casos multibacilares. Por conseguinte, o parecer n° 246 /2022 do Conselho Federal de Enfermagem, regulamenta a prática de enfermagem no diagnóstico da doença, por meio desse exame, especificando o papel do enfermeiro de identificar os sinais e solicitar o exame e emitir o laudo, que de forma isolada não conclui diagnostico, mas inicia a investigação completa, assim como o técnico de enfermagem, devidamente capacitado, pode realizar a coleta da amostra. Conclusão: Portanto, cabe à equipe de enfermagem identificar sinais da doença, realizar o exame - cujo laudo é privativo do enfermeiro - e, em caso de resultado positivo para Hanseníase, orientar o paciente quanto a importância da adesão ao tratamento. Dessa forma, o enfermeiro poderá contribuir efetivamente para a redução de casos de Hanseníase no Brasil.