LogoCofen
Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
A ENFERMAGEM FRENTE AO FENÔMENO DA HESITAÇÃO VACINAL
Relatoria:
Myllena Medeiros Borburema
Autores:
  • Elayne Mágda Andrade do Nascimento
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Entende-se como hesitação vacinal (HV) o atraso em aceitar ou a recusa da vacinação. O modelo explicativo dos 3 C's da Organização Mundial da Saúde traz a confiança como um dos fatores determinantes da HV. No Brasil, enfrenta-se uma queda nas coberturas vacinais (CV) desde o ano de 2013, sendo a HV um dos principais fenômenos responsáveis, contrapondo até mesmo o exitoso Programa Nacional de Imunização. Esse fenômeno provoca necessidades emergentes sobre as consequências e soluções acionáveis para seu enfrentamento, principalmente em casos de emergência global, como a da COVID-19. Por isso, o protagonismo da enfermagem como linha de frente nas ações de vacinação, seja coordenando ou vacinando, torna-se essencial. Objetivo: descrever ações minimizantes ao fenômeno da hesitação vacinal por meio da atuação da enfermagem. Metodologia: Estudo reflexivo de artigos publicados entre 2020 a 2023 disponíveis em língua portuguesa, na base de dados virtuais SciELO. A busca ocorreu em julho de 2023. Resultados: A baixa confiança em vacinas como potencial determinante da HV está atrelado a veiculação de informações sem rigor científico sobre possíveis riscos e ineficácia dos imunizantes, isto inibe a escolha consciente de um grupo populacional. A busca pela explicação profissional influencia positivamente na importância da vacinação e na percepção de segurança da mesma, contudo essa não se mostra a principal escolha pelos usuários, sendo substituída pelas mídias, redes sociais e o senso comum, tornando-se reféns da infodemia. A postura pedagógica do enfermeiro, exige atualização temática sobre a segurança das vacinas, calendário vacinal, doses e o direcionamento adequado em casos de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI), considerando o hesitante como uma vítima. Na assistência, o enfermeiro deve ter habilidades em vacinação, comunicação efetiva e registro correto nos sistemas de informação para monitoramento correto das CV e da farmacovigilância. Considerações Finais: A atuação do enfermeiro deve ser intencional, objetivando uma consciência coletiva da imunoprevenção, sobretudo no contexto atual de ameaças epidêmicas e imediata difusão de informações. Por fim, os estudos defendem a implementação da HV como indicador em imunização, pois ela é capaz de influenciar a elaboração e aplicação de estratégias no combate à recusa e ao abandono vacinal.