Introdução: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) refere-se a língua oficial de comunicação que visa a acessibilidade para pessoas com surdez e foi legalmente reconhecida através da Lei 10.436/2002 no Brasil. Os surdos representam uma parcela da população, que assim como todos, tem na Constituição Federal seu direito a saúde garantido. De acordo com Decreto 5626/2005, Art. 25, fica assegurado o “atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS [...] por profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação. Neste contexto, a fim de assegurar uma assistência de qualidade e eficiente, exige dos profissionais da saúde (enfermeiros, médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, outros) conhecimento de ferramentas, como a Libras, para que o cuidado seja voltado as necessidades reais do paciente surdo. Objetivo: Analisar a importância do uso da Libras para assistência em saúde aos pacientes surdos. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica resultante de uma pesquisa na BVS utilizando descritores DeCS: Língua de Sinais, Pessoas com Deficiência Auditiva, Equipe de Assistência ao Paciente, Enfermagem. Foram analisadas 8 publicações indexadas na bases LILACS e MEDLINE no período de 2019 a 2023. Resultados: O acesso ao serviço de saúde com uma comunicação eficaz permite a esta população o direito a manutenção da sua qualidade de vida, porém representa um desafio aos profissionais que lhes prestam assistência à saúde. Neste ínterim, o uso da Libras por esses profissionais garante a compreensão das reais necessidades dos pacientes surdos (sinais, sintomas, queixas principais), a identificação do diagnóstico, a construção de um plano de cuidados direcionado e uma efetiva comunicação para entendimento por este surdo do seu processo de saúde-doença-tratamento. Considerações finais: Esta temática é atual, porém ainda pouco debatida entre os profissionais da saúde. Entender a importância do uso da Libras na saúde requer uma mudança de postura por parte das instituições de saúde e seus profissionais, devendo voltar-se para treinamos de educação continuada a fim de preparar a equipe multiprofissional para receber o paciente surdo e garantir seu atendimento. Valorizar o atendimento integral é garantir o direito a inclusão social.