INTRODUÇÃO: Conforme Portaria nº 2.616/98 do Ministério da Saúde do Brasil, Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) é qualquer infecção adquirida após a admissão hospitalar e consiste em evento adverso. As IRAS podem se manifestar durante a internação ou após a alta, se relacionadas com a internação ou com procedimentos realizados durante a internação. Prevalecendo em unidades de terapia intensiva (UTI) tem-se infecção de corrente sanguínea (IPCS) associada à cateter central, pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), traqueobronquite associada à ventilação mecânica (TAV) e infecção do trato urinário (ITU) associada à cateter vesical de demora e as infecções de sítio cirúrgico. O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) visa prevenir, monitorar e reduzir a incidência de eventos adversos relacionados com os cuidados de saúde, promovendo melhorias relacionadas à qualidade e segurança do paciente. OBJETIVO: Determinar a prevalência de PAV e TAV em pacientes internados em UTI de um hospital universitário. MÉTODO: Estudo descritivo, realizado em maio de 2023 em um hospital de ensino no nordeste do Brasil. Os dados consistiram de informações demográficos, comorbidades, estado funcional, escores clínicos, diagnóstico de internação e diagnósticos secundários, suporte de órgãos durante a internação na UTI, entre outros, obtidos por meio do prontuário eletrônico AGHUX e sistema MV2000i dos pacientes admitidos de Janeiro a dezembro de 2020, por meio do Epimed Monitor System®, a plataforma IMPACTO MR é um banco de dados clínico brasileiro de unidades de terapia intensiva focado na pesquisa do impacto das infecções por bactérias multirresistentes relacionadas à assistência à saúde. RESULTADO: Os pacientes admitidos na UTI em 2020 eram predominantemente do sexo masculino 59,89%, compreendidos na faixa etária de 45-64 anos. Dentre as principais comorbidades estavam a hipertensão, tabagismo e Diabetes Mellitus. Quanto à prevalência tem-se ao menos 1,66 casos de PAV mensal e/ou 0,33 casos de TAV. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prevalência das IRAS respiratórias em pacientes críticos tem sido um desafio aos profissionais e gestores de saúde, em especial em 2020 devido a pandemia da Covid-19. Esses achados revelam a necessidade de intensificar ações voltadas à prevenção de infecções, além do fortalecimento do trabalho da equipe multiprofissional, visando menor prevalência das IRAS e suas complicações.