Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Enfermagem apontam a necessidade de formação de um profissional crítico e reflexivo, fundamentado no rigor científico e intelectual, capaz de conhecer e intervir sobre as situações de saúde-doença mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional. O enfermeiro deve ser apto a identificar as dimensões biopsicossociais dos determinantes da saúde da população, entre estes, o de gênero, porém, estudos apontam deficiências na formação de profissionais de saúde no tocante a esta abordagem, sendo fundamental a criação de espaços formais e não-formais que contemplem esta discussão. Objetivo: Relatar a experiência das trajetórias formativas de um grupo de estudos e pesquisas em gênero, epidemiologia e políticas de saúde em um curso de Enfermagem. Metodologia: Trata-se de estudo de abordagem qualitativa o qual se volta a relatar e discutir as trajetórias formativas do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Epidemiologia e Políticas de Saúde (GRUGEPS), vinculado ao curso de Enfermagem de uma instituição de ensino superior de Maracanaú-CE. O grupo conta com duas docentes líderes, uma discente de Iniciação Científica cursando o 2º semestre do curso e três discentes internas do último ano. A trajetória formativa das pesquisadoras envolveu a fundamentação teórica sobre o objeto de estudo do grupo, a escrita de resumos para eventos científicos e a discussão de referências basilares sobre a temática. Resultados: A aproximação teórica com a temática de estudo do grupo e suas interfaces constitui-se um desafio a cada início de semestre, tendo em vista a complexidade e infinidade de possibilidades que constitui a questão de gênero em sua interface com a epidemiologia e as políticas de saúde. Os diferentes níveis de habilidades das acadêmicas do grupo colaboram para visão ampliada das docentes líderes no tocante à abordagem dos conhecimentos necessários à formação em pesquisa e fomenta o aspecto colaborativo que deve fundamentar a colaboração em grupos de estudos e pesquisas. Considerações Finais: Acredita-se que a diversidade de experiências possibilitadas no grupo colabora para enriquecimento do processo formativo das acadêmicas, contribuindo para uma formação crítica no tocante à temática de gênero em saúde e sua interface com aspectos políticos e epidemiológicos.