Introdução: Os vírus linfotrópicos de células T humanas tipos 1 e 2 (HTLV-1 e HTLV-2) classificados na família Retroviridae, gênero Deltaretroviru são responsáveis pela transmissão de linfócitos infectados, que estão presentes em fluidos corporais, através de transfusão de sangue e seus derivados, uso de drogas endovenosas, transplante de órgãos, relações sexuais desprotegidas e também por meio da transmissão vertical (transplacentário e aleitamento materno). Objetivo: Identificar os fatores inerentes à infecção por HTLV através do aleitamento materno e adentrar as estratégias de prevenção para puérperas. Metodologia: Pesquisa de revisão do tipo integrativa a partir da busca nas bases de dados SciELO, Pubmed, Scopus, Web of science, Embase e Cochrane library, os operadores booleanos And e Or foram utilizados juntamente com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) / Medical Subject Headings (MeSH): HTLV Infection, HTLV-I Infections, HTLV Infections, HTLV Antigens, HTLV-2, HTLV-1, Human T Lymphotropic Virus, Breast Feeding. Incluiu-se publicações do tipo artigo, publicados entre 2019 a 2023, na língua inglesa ou portuguesa, estudos observacionais, ensaios clínicos controlados e revisões sistemáticas. Excluiu-se estudos com baixa qualidade metodológica e artigos duplicados ou incompletos. Resultados: Após a busca, obteve-se um total de 2.898 artigos, com a filtragem, esta revisão consta com 9 artigos. A transmissão vertical do HTLV-1/2 ocorre principalmente por meio da amamentação, com as células infectadas entrando no corpo da criança via oral. A amamentação prolongada e alta carga viral no leite materno são fatores de risco para a transmissão. Países subdesenvolvidos adotaram o uso de mamadeiras, já em regiões em desenvolvimento, o tratamento do leite é uma alternativa. Ou seja, a prevenção bem-sucedida inclui interromper o aleitamento materno ou tratar o leite materno através da eliminação das células infectantes por congelamento-descongelamento ou pasteurização. Abordagens não farmacológicas para inibir a lactação, como enfaixar as mamas ou usar bolsas de gelo, não são mais eficazes, e mesmo limitadas, as abordagens farmacológicas podem ser utilizadas pelo uso de fórmulas lácteas e inibição da lactação com alcalóides derivados do ergot, como o uso da cabergolina, 1 mg oral em dose única. Considerações Finais: O aconselhamento puerperal é indispensável para informar as mães sobre as estratégias de amamentação e realizar o aconselhamento adequado.