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Anais - 25º CBCENF

Resumo

Título:
ACESSIBILIDADE COMUNICATIVA À GESTANTE SURDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
EDUARDA AUGUSTO MELO
Autores:
  • Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos
  • Vilma Costa de Macêdo
Modalidade:
Pôster
Área:
Tecnologia, empreendedorismo e inovação no cuidado em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O acesso à saúde pela mulher surda em seu ciclo gravídico puerperal, assegurado pela Lei 10.436, orienta a implantação da língua brasileira de sinais (Libras) nas instituições públicas de saúde e garante o acolhimento e atendimento adequado. A comunicação e interação profissional-paciente é de extrema importância quando relacionada à mulher gestante, devendo ser clara e efetiva para orientar sobre todos os procedimentos e informações deste período, objetivando uma resposta positiva às condutas realizadas e sugeridas. A gestação é um importante momento na vida da mulher e requer uma atenção especial por incluir fenômenos biopsicossociais e culturais. Diante de tal contexto, observa-se a importância da inclusão comunicativa das mulheres. Objetiva-se relatar a assistência de enfermagem em Libras a uma gestante surda. Metodologia: Relato de experiência derivado da vivência em uma maternidade pública composta por equipe multiprofissional e conta com 10 leitos para atendimento de partos de risco habitual, sendo referência para assistência ao parto. Resultados: Durante a visita de enfermagem, gestante surda, com hipótese diagnóstica de aborto retido e três abortos consecutivos, queria compreender a causa destes abortos. Orientada a prevenção de nova gravidez através do método contraceptivo DIU, para investigar as causas destes abortos, para assim poder intervir e gerar uma gravidez com mais segurança. Contudo, a maneira que foi repassada as informações, por profissionais não capacitados em Libras, gerou uma barreira na comunicação e na assistência prestada, então a gestante recusou a orientação realizada, visto que não conseguia compreender. Foi solicitada uma Enfermeira Obstetra que se comunica através da Libras para realizar as orientações, havendo o atendimento adequado, fortalecimento do vínculo profissional-paciente e o estabelecimento de uma maior resolutividade da questão sobre inserção do DIU. Considerações Finais: Deste modo, torna-se perceptível a escassez de profissionais que tenham o conhecimento da Libras para atender a população surda. Vale ressaltar que as graduações passem a ter a disciplina de Libras em sua grade curricular como item obrigatório e não optativa, como vimos na grande maioria das situações. Faz-se necessário que gestores promovam aos profissionais de saúde momentos de reflexão sobre a temática, cursos de Libras, para que assim possa ser ofertada uma assistência humanizada e inclusiva.