Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE POR COVID-19 NO BRASIL E SUAS REGIÕES: UM ESTUDO ECOLÓGICO
Relatoria:
Ketyllem Tayanne da Silva Costa
Autores:
- Thiffany Nayara Bento de Morais
- Larissa Dantas de Araújo
- Roberta Letícia Pimental da Costa
- Ana Luiza Santos Quirino
- Fábia Barbosa de Andrade
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Formação, Educação e Gestão em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 como pandemia a nível mundial em março de 2021. O Brasil logo foi atingido e, atualmente, se destaca como um dos epicentros desse agravo. Nesse contexto, o objetivo é avaliar o comportamento epidemiológico da mortalidade por COVID-19 no Brasil e suas regiões, entre 2020 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, desenvolvido através de dados secundários, que analisou os dados dos óbitos por COVID-19 registrados no Brasil entre 23 de fevereiro de 2020 a 31 de dezembro de 2022. Como variável dependente, o estudo analisou a mortalidade por COVID-19. Como variáveis independentes tem-se as semanas epidemiológicas, estados e regiões do Brasil. O tratamento dos dados e a análise estatística foi realizada no Software Microsoft Excel. Os resultados deste estudo evidenciam a mortalidade por COVID-19 no Brasil e suas regiões entre 2020 e 2022. Entretanto, é por volta da 16ª SE de 2020 que a mortalidade cresce exponencialmente, sendo no Brasil influenciado principalmente pelas regiões Sudeste, Norte e Nordeste. A curva de mortalidade atinge o pico em torno de 3,6 mortes por 100.000 habitantes na 21ª SE de 2020 e permanece nesse limiar por cerca de 10 semanas. Essa rápida e importante disseminação, que ocorre por transmissão comunitária, ceifou a vida de muitas pessoas, considerada então, de grande importância para a saúde pública mundial. Há uma redução dos casos entre a 30ª e 47ª SE de 2020, embora, em seguida, comece a ascender novamente e continua com um padrão de crescimento no ano de 2021. A 47ª SE de 2020 coincide com o primeiro turno do processo eleitoral municipal, que gerou um maior fluxo de pessoas nas ruas, diminuindo a adesão ao isolamento social. Observa-se uma redução gradual e progressiva na taxa de mortalidade durante o segundo semestre de 2021, finalizando o ano abaixo de uma morte por 100.000 habitantes. O ano de 2022 segue com padrões mais baixos, mas apresenta crescimentos com picos isolados que não ultrapassam 3,5 mortes no Brasil, sendo Sudeste e Centro-Oeste as regiões com maiores índices. Essa redução significativa provavelmente está relacionada com estratégias eficientes de imunização contra COVID-19 no país. Destarte, os achados deste estudo podem contribuir na elaboração de estratégias que auxiliarão gestores de saúde dos estados e municípios brasileiros e Ministério da Saúde nos níveis de atenção primária, secundária e terciária.