introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde a Leishmaniose Visceral (LV) é considerada uma das sete endemias mundiais de total prioridade dentre as Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN’s), constituindo um problema de saúde pública mundial. Por se tratar de uma doença multifatorial, Spinelli et.al (2021) informa que o Pará é um dos estados do País que mais contribuem de forma significativa para a expansão da doença. Objetivo: Realizar análise espacial e temporal dos casos de Leishmaniose Visceral Infantil (LVI) no estado do Pará no período de 2015 a 2019 bem como caracterizar o perfil epidemiológico. Métodos: Para tanto, realizou-se a coleta dos dados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação fornecidos pela Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará, além da coleta de dados vetoriais da área de interesse do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Através do Sistema de Informação Geográfica foram construídos mapas. Para confecção do mapa de localização, dos mapas coropléticos, e de autocorrelação espacial de Índice Local de Moran, relativo à propagação e óbitos da doença, utilizou-se o software ArcGis 10.8. Resultados: Foram confeccionados gráficos e tabelas do perfil da doença e dos padrões climáticos anuais que contribuem para a disseminação da patologia. Foram confirmados no período de 2015 a 2019, 2.155 casos de LV no Pará, desses 1.170 (54,3%) eram crianças, com maior demanda na mesorregião do Sudeste Paraense com 14,07 casos por 10 mil/habitantes, sendo a maior concentração nos municípios de Eldorado dos Carajás, Canaã dos Carajás, Pau D’arco e Redenção. Com relação ao perfil epidemiológico, a faixa etária predominante foi de 1 a 4 com predomínio do sexo masculino e com baixo grau de instrução. Conclusão: Traçar o perfil epidemiológico da LV e a distribuição espacial no estado do Pará contribui para a elaboração de medidas de controle direcionadas às mesorregiões de maiores incidências, diagnóstico precoce, tratamento oportuno e controle da LV no estado. conclusão :O delineamento analisado da Leishmaniose visceral infantil, aponta que dos 1.170 casos notificados no estado do Pará no período de 2015 a 2019, a doença predominou em crianças do sexo masculino (53%), havendo maior quantidade de casos na faixa etária de 1 a 4 anos (50,6%), o que provavelmente justifica a maior quantidade de casos não haver registro de escolaridade (79,5%). O ano de 2018 teve o maior acometimento da doença com 334 casos.