Introdução: No tocante as gestantes, o empoderamento deve ser entendido como o resultado da distribuição de informações, recursos e oportunidades com o objetivo de fortalecer o conhecimento, a participação e os direitos das usuárias do serviço de saúde a respeito das decisões do parto. Objetivo: compreender a percepção de puérperas que participaram da intervenção virtual “O Poder de Parir” acerca do conhecimento e empoderamento para o trabalho de parto e nascimento. Métodos: estudo descritivo, transversal, qualitativo, realizado nas Estratégias Saúde da Família (ESF) de Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil em março de 2023 com aplicação de entrevista semiestruturada. A amostra foi composta por seis puérperas que participaram do grupo de intervenção virtual “O poder de parir” e foram consideradas empoderadas. A análise dos dados contou com o auxílio do software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEC), a partir da análise de Classificação Hierárquica Descendente. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco sob o parecer de número 5.923.616. Resultados: a partir da análise de dados emergiram três grupos de classes: 4, 3 e 2: relato de trabalho de parto e a relação com a dor das contrações; 8, 1 e 6: limites e aprendizados adquiridos nas rodas de gestantes virtuais para o empoderamento do trabalho de parto e nascimento; 5 e 7: importância da preparação para o trabalho de parto e nascimento. Considerações Finais: as participantes que participaram da roda de conversa virtual relataram experiências positivas com o ganho de conhecimento e o empoderamento para o trabalho de parto e nascimento. Assim, as tecnologias podem e devem ser utilizadas como facilitadora do processo educacional no pré-natal, dando destaque a utilização de redes que possibilitem o contato da cliente com o profissional de saúde, como por exemplo, o WhatsApp, para garantir a propagação de informações coerentes e corretas.