Anais - 25º CBCENF
Resumo
Título:
AVALIAÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL SOFRIDA POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE
Relatoria:
MARIA CECILIA RODRIGUES PIMENTA
Autores:
- Maria Augusta Rocha Bezerra
- Ruth Cardoso Rocha
- Mychelangela de Assis Brito
- Cristianne Teixeira Carneiro
- EDUARDA DA SILVA MIRANDA
Modalidade:
Pôster
Área:
Dimensão ético política nas práticas profissionais
Tipo:
Trabalho de conclusão de curso
Resumo:
Introdução: Os serviços de saúde podem ser considerados campos férteis para a exposição dos trabalhadores à violência. Dentre os trabalhadores da saúde, os profissionais da área da enfermagem são os que mais sofrem violência física, psicológica, verbal e sexual. Objetivo: Avaliar a ocorrência de violência sexual sofrida por profissionais de enfermagem em instituições de saúde de Floriano-PI. Metodologia: Estudo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa e delineamento transversal. Consideraram-se critérios de inclusão: enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem com exercício da profissão por um período superior a seis meses. Excluíram-se os profissionais afastados das atividades laborais por qualquer motivo. Participaram da pesquisa 179 profissionais, com inscrição ativa no Conselho Regional de Enfermagem que atuavam em instituições de saúde no município do estudo. A coleta de dados ocorreu entre outubro de 2021 e agosto de 2022, através de entrevista semiestruturada com a utilização de formulário contendo questões socioeconômicas, demográficas e profissionais, e por meio do questionário para avaliação da violência no trabalho sofrida ou testemunhada por trabalhadores de enfermagem. Para análise, realizou-se estatística descritiva, médias e desvio padrão das variáveis. No grupo de variáveis categóricas, o teste bivariado para analisar a associação entre as variáveis qualitativas foi o teste de qui-quadrado (?2) ou Exato de Fisher, com a finalidade de mostrar eventuais diferenças entre as frequências encontradas e as associações. Para todas as análises estatísticas foi considerado o nível de Confiança de 95% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Campus Amílcar Ferreira Sobral da Universidade Federal do Piauí por meio do parecer CEP/UFPI nº 4.737.766. Resultados: Dos 179 participantes, 11 (6,4%) referiram ter sofrido violência sexual, em maioria mulheres (n= 9 / 81,8%). Associou-se ao risco aumentado de sofrer violência sexual apenas a variável renda familiar, revelando que uma renda mais baixa (entre um e dois salários-mínimos) favorece sua ocorrência (n = 11 / 100% / p-valor= 0,009). Conclusões: O quantitativo reduzido de verbalização quanto à violência sexual sofrida pode, na verdade, apontar para o estigma, medo e preconceitos que envolvem o fenômeno. Por esse motivo, indica-se a necessidade de pesquisas para aprofundar os aspectos que o estudo em tela se mostrou limitado a analisar.